Jovens Sem Fronteiras em missões de Verão

Espalhados por todos o país os jovens disponibilizam o seu tempo em acções de voluntariado Viver as férias de uma forma diferente é a aposta dos Jovens Sem Fronteiras. Tornar o tempo de descanso, em tempo de presença junto de crianças, jovens e idosos é o objectivo das Semanas Missionárias que um pouco por todo o país os jovens dinamizam durante o mês de Agosto. Rumo a Viana do Castelo, à paróquia de Reboreda, um grupo de 22 jovens, vindos dos mais diversos locais do país. A semana missionária é um dos projectos dos Jovens Sem Fronteiras, uma das grandes actividades missionárias de Verão. Ocorrem sempre em localidades de Portugal e são espaços de 10 dias para os jovens fazerem um trabalho missionário. Actividades de animação, de actividades de tempos livres com as crianças, “damos também catequese e organizamos encontros com os jovens”, tudo iniciativas previstas e organizadas com o pároco, “para trabalharmos em conjunto com a paróquia”, explica à Agência ECCLESIA Luisa Matos, uma das coordenadoras da semana missionária em Reboreda. A responsável explica que entre os jovens que dinamizam esta semana missionária se vive “um grande entusiasmo e espírito de entrega”. “Todos os jovens sabem para o que vêm e reservam as férias, quer sejam escolares ou profissionais, para fazer isto”, explica, indicando que no grupo estão jovens entre os 16 e os 27 anos. Para quem participa, esta é “uma necessidade, porque nos sentimos bem com o que vamos fazer”. Acabados de chegar a Reboreda, as expectativas estão no centro das conversas. “Alguns estão nesta semana pela primeira vez e carregam muitas expectativas e ansiedade”. Sentimentos partilhados também pelos repetentes porque “uma semana nunca se repete”. Luisa Matos, que repete a experiência pela terceira vez, sublinha que “é importante vir de mente aberta, para nos adaptarmos ao local”. Reconhecendo que 10 dias são “pouco tempo”, Luisa Matos assume que o ideal seria que “mais pessoas se disponibilizassem para, durante um tempo, poderem participar em actividades semelhantes ao longo do ano”. Mas aponta também que “por vezes bastam atitudes mínimas para valorizarmos a vida e o tempo”. A responsável reconhece “que vamos fazer muito pouco”, mas recorda voltar a locais onde esteve em semanas missionárias e “as pessoas lembram-se de nós e agradeciam a nossa presença e o facto de não as termos esquecido”. Quem participa nos JSF acalenta a vontade de poder “um dia partir para uma missão fora de Portugal”. As semanas missionários são experiências de preparação para outras missões “mas estas semanas são experiências independentes e não estão necessariamente ligadas aos projectos de ponte no estrangeiro”, explica, apontando as experiências do JSF em África. Mas, acrescenta, “a vivência na semana missionária dá-nos uma vivência comunitária e prepara-nos para uma experiência maior”. Este é um marco que fica nas localidades por onde os jovens passam, mas que vai também com os jovens. “É uma experiência de crescimento”. O trabalho em grupo, o espírito de entre-ajuda, “o saber estar e viver com todos”, são momentos importantes que valorizam muito as semanas missionárias. Luisa Matos sublinha a importância de “fazer despertar nos outros a possibilidade de também participarem nestes projectos”.

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