Arte/religião: Empresa portuguesa fabrica imagens religiosas enviadas para difundir mensagem de Fátima em todo o mundo

Togo, Burkina Faso ou Senegal são alguns países que receberam imagens de Nossa Senhora de Fátima 

Fátima, 09 ago 2024 (Ecclesia) – A Farup, empresa portuguesa, produz imagens religiosas desde 1962, que já chegaram a todos os continentes, incluindo a culturas mais remotas, que recebem a figura de Nossa Senhora de Fátima, através da generosidade de muitos, numa forma específica de apostolado.

“Há pessoas com boa vontade, bom coração, que querem difundir Fátima a quem não tem poder de compra. São bastante devotos desta aparição,  adquirem a imagem e fazem-na chegar a grande parte do mundo, incluindo o Togo”, afirmou Noémia Pinheiro, da Farup, em declarações à Agência ECCLESIA.

Noémia Pinheiro

Entre os vários pedidos que a empresa recebe, Noémia Pinheiro destaca o caso de uma senhora que ao longo dos anos vai adquirindo as imagens para oferecer a estes povos, nomeadamente o Senegal e Burquina Faso.

“Em setembro, tem 10 pedidos para Burquina Faso. Este ano também, já no início do ano, foram seis. Todos os anos, praticamente, faz esse apostolado”, explica, mencionando que o destino são “possivelmente, as paróquias”.

“Lá não há poder de compra, e fazem com que os senhores padres possam também ter presente a mensagem de Fátima”, indica.

Noémia Pinheiro dá conta que nestas geografias as comunidades tratam Nossa Senhora de Fátima como “mamã” e que todos ficam “satisfeitos e felizes”.

“Nós estamos perto, se calhar não damos tanta importância, mas quem está longe vive fortemente a devoção”, realça.

Francisco Pereira, da Farup, conta que uma das primeiras peças da empresa foi esculpida por um familiar de José Ferreira Thedim, que esculpiu a imagem de Nossa Senhora de Fátima que está na Capelinha das Aparições, no Santuário.

Francisco Pereira

“A maior parte dos nossos exemplares foram produzidos lá, inicialmente, e depois, a partir daqui, é que se faz o molde em aço. Portanto, a partir da escultura de madeira, quem trabalha o aço vai esculpir uma imagem em aço”, elucida.

Apesar de a tecnologia hoje estar presente, Francisco Pereira não tem dúvidas que o artesanal ainda faz toda a diferença.

“Hoje já se utiliza muito a digitalização, mas nada dispensa a mão humana na escultura, porque as expressões são completamente diferentes. E por isso é que as nossas imagens têm, acho eu, um rosto muito expressivo, e são bem aceitos no mercado”, realça.

Noémia Pinheiro salienta que os “trabalhadores colocam o seu amor na produção” e que no final isso “nota-se”.

As imagens da Farup já chegaram ao Vaticano e Francisco Pereira já reconheceu as imagens que fabrica em outros lugares.

“Fico emocionado”, relata.

O programa 70×7 do próximo domingo, transmitido na RTP2, pelas 20h30, é dedicado a Fátima no mundo e histórias de emigrantes.

PR/LJ

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Agência ECCLESIA

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