Angra: Bispo incentivou escuteiros do acampamento de Núcleo de São Miguel a uma «experiência de fraternidade», no dia-a-dia

“Só Cristo é capaz de dar de comer a todos. «O Mundo precisa de se humanizar” – D. Armando Esteves Domingues

Angra do Heroísmo, Açores, 29 jul 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra presidiu à Missa de encerramento do VIII Acampamento de Núcleo (ACANUC) do CNE de São Miguel, este domingo, e desafiou os jovens escuteiros a fazer do dia-a-dia uma “experiência de fraternidade”.

“Vocês têm alegria, afeto, vontade de servir, amizade, amor pela natureza. Acreditem nisso, caros escuteiros. Partilhem o que têm e podem dar, porque onde há muita partilha e o pouco se partilha por todos chega para todos”, disse D. Armando Esteves Domingues, que presidiu ao ‘Fogo de Conselho’, integrado na celebração da Eucaristia, divulga o portal ‘Igreja Açores’.

O bispo da Diocese de Angra explicou aos cerca de 900 escuteiros do ACANUC em São Miguel que “nunca poderá haver um dia” na sua vida em que não haja uma boa ação, e afirmou que aquilo que a natureza dá, “muito ou pouco, tem de dar para todos”, desde que saibam partilhar.

“Só Cristo é capaz de dar de comer a todos: Jesus não faz milagres sem nós”, realçou, salientando que “o mundo precisa de se humanizar” e o que têm é preciso “saber partilhar para que chegue a todos”.

D. Armando Esteves Domingues acrescentou que isso só se consegue fazendo uma “verdadeira experiência da partilha, da fraternidade, espírito de equipa, de bando, da patrulha”, conhecerem-se e aprenderem “uns com os outros”.

O bispo diocesano incentivou os chefes escuteiros a continuarem a investir na educação da juventude e a fomentar esta fraternidade: “A vossa pedagogia é essencial para a nossa juventude”.

O assistente religioso da Junta de Núcleo de São Miguel, o padre Norberto Brum, e o assistente do Agrupamento 436 de Vila Franca do Campo, o padre José Borges, concelebraram nesta Eucaristia de encerramento do VIII Acampamento de Núcleo.

Foto: Igreja Açores/CR

O ACANUC teve como lema ‘Gardiões do Planeta’, e os campos dos vários grupos – lobitos, pioneiros, exploradores, caminheiros e chefes – foram organizados por temas alusivos ao ‘cuidado da casa comum’.

“Este tempo não foi só divertimento, nem de atividades foi sobretudo um momento de interiorizarmos uma mensagem que é a de pertencermos a uma mesma casa comum da qual temos de cuidar”, explicou o padre Norberto Brum ao portal online da Diocese de Angra.

“As meditações a partir dos discursos e das mensagens do Papa; as histórias com a rádio e o jornal de campo a refletir sobre a palavra de Deus e as palavras do Papa… tudo ajudou a criar um ambiente festivo mas também de fé”, desenvolveu o assistente religioso da Junta de Núcleo de São Miguel ao ‘Igreja Açores’.

Já o padre José Borges, destacando o número de pessoas que é tocada por esta alegria da partilha e da fraternidade, afirmou que naqueles jovens “está a esperança, sem dúvida”.

“É a nossa grande esperança; estes jovens regressam às suas famílias e levam também esta esperança”, acrescentou o sacerdote.

“Quando regressarem em setembro estou certo de que trarão mais amigos para os escuteiros e esta a nossa principal preocupação. Fizemos imensas atividades, jogos, tivemos momentos de reflexão, oração e partilha, muitas atividades físicas, e os miúdos estão felizes”, referiu Paulo Mota, chefe da Junta de Núcleo de São Miguel.

O ACANUC em São Miguel, que já não se realiza há oito anos, devido à pandemia covid-19 e à realização da edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal, a JMJ Lisboa 2023, mobilizou 25 dos 29 agrupamentos da ilha de São Miguel, entre 23 e 29 de julho, em Água D´Alto.

CB

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