Família: Mensagem e vídeo do Papa convidam a celebrar Dia Mundial dos Avós e Idosos como momento de «encontro»

Igreja assinala quarta edição da jornada, a 28 de julho

 

Cidade do Vaticano, 26 jul 2024 (Ecclesia) – A Igreja Católica vai celebrar no próximo domingo o IV Dia Mundial dos Avós e Idosos, uma jornada para a qual o Papa enviou uma mensagem aos avós e netos de Portugal.

“O Dia dos Avós é um dia de encontro. É um dia para eles, mas um dia de encontro, porque os avós não gostam de estar sozinhos, gostam de estar com os seus netos”, refere Francisco, num vídeo registado no Vaticano, durante a visita ‘Ad Limina’ dos bispos portugueses.

“Penso em tantos avós em Portugal. Penso nos jovens, parece que são duas partes separadas da vida: não, um jovem tem de se aproximar dos avós para os cumprimentar, para os amar e para receber sabedoria. E um avô tem de se aproximar do jovem, para não perder a sua juventude”, acrescenta.

O Papa deixa “saudações a todos, avós e netos”

“Que Deus vos abençoe e a Virgem cuide de vós. E, por favor, rezem por mim”, conclui.

O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa, assinala-se no quarto domingo de julho, junto à celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho).

A celebração de 2024 tem como tema ‘Na velhice não me abandones’, passagem do Livro dos Salmos (Sl 71, 9).

mensagem do Papa para este dia alerta para a “solidão e o descarte” em que vivem muitos idosos.

“Não deixemos de mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias, visitemos aqueles que estão desanimados e já não esperam que seja possível um futuro diferente”, apela.

A incómoda companheira da nossa vida de idosos e avós é, com frequência, a solidão. Muitas vezes me aconteceu, como bispo de Buenos Aires, ir visitar lares de terceira idade, apercebendo-me de como raramente recebiam visitas aquelas pessoas: algumas, há muitos meses, não viam os seus familiares”.

 

Francisco sublinha que a solidão tem “muitas causas”, da emigração às guerras.

“A solidão e o descarte tornaram-se elementos frequentes no contexto em que estamos imersos. Têm múltiplas raízes: nalguns casos, são o resultado duma exclusão planeada, uma espécie de triste ‘conjura social’; noutros, trata-se infelizmente duma decisão própria; noutros ainda, suportam-se fingindo que se trata duma opção autónoma”, lamenta.

A mensagem para o IV Dia Mundial dos Avós e idosos alerta para a “miragem do individualismo” e a “ilusão de não precisar de ninguém e de poder viver sem vínculos”.

“Não deixemos de mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias, visitemos aqueles que estão desanimados e já não esperam que seja possível um futuro diferente”, apela o Papa.

O Vaticano anunciou a concessão de indulgência plenária a todos os que participarem nas celebrações liturgias do próximo domingo e a quem “visitar real ou virtualmente os irmãos idosos necessitados ou em dificuldade (como os doentes, as pessoas sozinhas, as pessoas com deficiência)”.

A indulgência é definida no Código de Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n.º 1471) como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada”, que o crente obtém em “certas e determinadas condições pela ação da Igreja”.

A concessão estende-se aos “idosos doentes e todos os que, impossibilitados de sair de casa por grave motivo, se unirem espiritualmente às funções sagradas do Dia Mundial”.

OC

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