Ucrânia:  Volodymyr Zelensky recebeu secretário de Estado do Vaticano

Cardeal Pietro Parolin teve ainda encontros com o primeiro-ministro e com o presidente do Parlamento

Cidade do Vaticano, 23 jul 2024 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano reuniu-se hoje com o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, a quem “reiterou a proximidade e o compromisso do Papa” pela paz, após encontros com o primeiro-ministro e com o presidente do parlamento.

“Hoje, o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, encontrou-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy ( @ZelenskyyUa ), a quem reiterou a proximidade e o compromisso do Papa em encontrar uma paz justa e duradoura para a atormentada Ucrânia”, informou a Secretaria de Estado.

O encontro entre o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e o presidente da Ucrânia foi divulgado pela Secretaria de Estado da Santa Sé, numa publicação na sua conta oficial na rede social X, antigo Twitter.

Volodymyr Zelensky afirmou que teve um “encontro significativo com o Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin”, onde discutiram “as consequências da agressão da Rússia contra a Ucrânia”, o terror aéreo em curso e a “difícil situação humanitária”, bem como os resultados do seu encontro com o Papa Francisco, em junho, em Itália.

“Concentramo-nos especialmente nas decisões da primeira Cimeira sobre a Paz e no papel do Vaticano no estabelecimento de uma paz justa e duradoura para a Ucrânia. Estou grato pelo apoio do Cardeal ao nosso país e ao nosso povo”, acrescentou o presidente da Ucrânia, na rede social X.

No dia 14 de junho, o Papa e Volodymyr Zelensky encontraram-se, na localidade italiana de Borgo Egnazia, numa audiência privada, antes da participação de Francisco na cimeira do G7; o presidente da Ucrânia agradeceu os esforços do Vaticano em favor da paz.

O secretário de Estado do Vaticano iniciou na sexta-feira uma viagem de seis dias à Ucrânia, com passagens por Kiev e Odessa, para encontros com autoridades civis e religiosas.

A visita do enviado especial de Francisco a este país do leste da Europa, em guerra, desde a invasão pela Rússia, em fevereiro de 2022, termina esta quarta-feira, 24 de julho.

D. Pietro Parolin reuniu-se esta segunda-feira com o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, e encontrou-se com o presidente do parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk, em Kiev; os dois políticos manifestaram apreço pela visita, um sinal de proximidade da Santa Sé com o povo ucraniano.

“Debatemos o estabelecimento de uma paz justa para a Ucrânia, a segurança alimentar, o regresso dos prisioneiros de guerra e as crianças ucranianas. Agradeci à Santa Sé pela sua participação na Primeira Cimeira da Paz e pelo apoio às suas decisões. Apreciamos a prestação de ajuda humanitária e o tratamento das crianças ucranianas”, escreveu Denys Shmyhal, também na sua conta institucional nas redes sociais.

O presidente do parlamento da Ucrânia adiantou que no seu encontro com o secretário de Estado do Vaticano sublinhou a “importância da sua visita à Ucrânia num momento difícil da luta contra a agressão russa”, e adiantou que “foi dada grande atenção à questão do regresso das crianças ucranianas deportadas e dos prisioneiros de guerra”.

“Agradeci também à Santa Sé pela ajuda humanitária que tem chegado através de vários canais desde o início da invasão russa. Palavras especiais de gratidão pela participação na Cimeira Mundial da Paz. Debatemos a importância de implementar a fórmula de paz de Volodymyr Zelensky”, acrescentou Ruslan Stefanchuk.

O cardeal italiano Pietro Parolin foi nomeado por Francisco como seu representante para encerrar a peregrinação dos católicos ucranianos de rito latino ao santuário mariano de Berdychiv, localizado na região de Zhytomyr, a oeste de Kiev, que decorreu este domingo.

Em declarações ao portal de notícias do Vaticano, o responsável diplomático mostrou-se impressionado com a situação das as mães ucranianas.

“É uma dor intensa, uma dor que realmente não sei como defini-la”, declara, evocando também a tragédia dos “tantos mortos, dos quais muitos corpos nem sequer foram recuperados”.

CB/OC

 

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