JMJ 2023: Papa agradece a 6 mil trabalhadores da Câmara de Lisboa, que ajudaram cidade a ser «capital do mundo e do futuro»

Responsáveis valorizam impacto e legado deixado pelo encontro mundial, projetando iniciativas futuras para valorizar as novas gerações

Lisboa, 23 jul 2024 (Ecclesia) – Seis mil trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa (CML) foram homenageados, esta segunda-feira, com medalhas do Papa Francisco pelo trabalho realizado durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que decorreu em agosto de 2023.

O núncio apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, transmitiu ao presidente do município o reconhecimento de Francisco pelo “empenho constante, discreto e mesmo escondido” de tantos trabalhadores autárquicos, que há um ano fizeram de Lisboa “a capital do mundo e do futuro”.

Simbolicamente, as medalhas foram entregues, em cerimónia pública, a alguns responsáveis dos serviços camarários, na Praça do Município; o Papa enviou, no entanto, 6 mil medalhas para agradecer pessoalmente a um dos que possibilitaram esta vivência aos jovens de todo o mundo.

Durante a cerimónia, D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, quis sublinhar que no século XXI, “o sonho, o encontro e a paz experimentados durante a JMJ de Lisboa, se tornam um património para toda a humanidade”.

Carlos Moedas, presidente do Município, afirmou, por sua vez, que a JMJ é “um legado” que fez de Lisboa uma “cidade de sonhos”, considerando que os lisboetas “deram tudo de si, como nenhuma outra cidade o tinha feito até hoje”.

O autarca deixou um desafio à Fundação JMJ 2023 para que os lucros gerados possam ser investidos em “projetos na área de Lisboa”.

“Nós temos muitas e boas ideias, ideias de projetos para jovens, desde residências estudantes a tantos projetos que podem ser desenvolvidos com esse dinheiro”, acrescentou.

Questionado pelos jornalistas, no final da cerimónia, D. Alexandre Palma, que preside à Fundação JMJ Lisboa 2023, afirmou que a região de Lisboa será tida em conta, mas lembra que o “bem dinheiro”, sendo determinante para apoiar projetos, não é o único capital que fica.

“O que a Fundação vai querer fazer é retribuir. Vamos querer retribuir não no curto prazo, não vamos querer retribuir no médio prazo, mas vamos querer retribuir no longo prazo. Para isso, temos de usar bem um dos bens das jornadas, geri-lo com muito rigor, com muita transparência, com muita responsabilidade, para podermos ir distribuindo ao longo de muitos anos”, observou.

Segundo o bispo auxiliar, também é necessário valorizar “a dimensão simbólica, a paixão, o protagonismo dos jovens”.

A cantora Carminho encerrou esta cerimónia pública, interpretando o tema ‘Estrela’ que tinha apresentado diante do Papa Francisco na vigília da JMJ, no Parque Tejo.

HM/OC

 

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Agência ECCLESIA

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