Arcebispo de Braga destaca participação no V Congresso Eucarístico Nacional, que se inicia a 31 de maio
Cidade do Vaticano, 22 mai 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade, D. José Cordeiro, mostrou-se hoje satisfeito com o balanço apresentado aos responsáveis do setor, no Vaticano, considerando que a Igreja Católica se encontra no “bom caminho”, quanto ao trabalho de “reforma litúrgica”.
“Sentimos que estamos no bom caminho e que, de facto, a Igreja acredita a partir daquilo que celebra. E esta relação íntima entre a ‘lex credendi’ e a ‘lex orandi’, aquilo que acredita e aquilo que reza, faz crescer no maravilhamento da liturgia, que é o encontro com Cristo, na celebração que tem de ser cada vez mais alegre, ativa, frutuosa, consciente”, referiu o arcebispo de Braga, em declarações aos jornalistas que acompanham a visita ‘ad Limina’, após um encontro no Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
O responsável a importância da “formação litúrgica”, para apresentar a Liturgia como “escola de oração”, a caminho do Jubileu 2025 e também do V Congresso Eucarístico Nacional (CEN), que vai decorrer em Braga, de 31 de maio a 2 de junho.
O arcebispo primaz fala numa “boa participação”, com mais de 1100 inscrições no CEN,
“Partilhar o pão e alimentar a esperança é sempre conseguido de uma maneira plena quando reconhecemos Jesus ao partir do pão e nos reconhecemos irmãos e irmãs. E, por isso, a Liturgia é a atuação do mistério de Cristo e da história da salvação no aqui e agora da história”, acrescentou.
Para D. José Cordeiro é preciso sublinhar a “centralidade da celebração da Eucaristia” e “a centralidade do domingo, no contexto do ano litúrgico”.
“Se a Eucaristia é a fonte, o centro e o cume de toda a vida da Igreja, ela é a oração das orações, é mesmo o coração da vida da Igreja, a tal ponto – como escrevemos na nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa – que sem a Eucaristia não podemos viver”, declarou.
O responsável recordou a carta apostólica ‘Desiderio desideravi’, publicada pelo Papa em junho de 2022, e foi questionado sobre a oposição à restrição do do missal pré-Concílio Vaticano II.
“Estamos todos direcionados com o Papa Francisco”, assinalou o presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, sublinhando que “há um só Rito Romano, há um só modo de celebrar”.
Esta é a direção da comunhão plena com o ministério petrino, e na comunhão das Igrejas, de celebrarmos o mesmo e único mistério, com os textos, as orações e os gestos do missal que temos, concretamente nesta tradução da terceira edição do Missal Romano, que existe para a língua portuguesa”.
Os bispos de Portugal realizam desde segunda-feira a visita ‘Ad Limina’, para diálogos com vários organismos na Cúria Romana e, na sexta-feira, dia final da iniciativa, com o Papa Francisco.
De acordo com o Gabinete de Comunicação da CEP, participam na visita ‘Ad Limina’ 20 bispos diocesanos, 5 bispos auxiliares, o bispo eleito de Beja e 2 bispos eméritos e o secretário, padre Manuel Barbosa.
PR/OC
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