Igreja: Santuário de Cristo Rei é «um símbolo de paz» – padre Carlos Filipe

Santuário nacional comemora 65 anos de inauguração com três dias de celebrações

Foto Santuário de Cristo Rei, Diocese de Setúbal

Lisboa, 16 mai 2024 (Ecclesia) – O padre Carlos Filipe disse à Agência ECCLESIA que o Santuário do Cristo Rei é “um símbolo de paz” e que, atualmente, esta é uma dimensão que “fala ainda mais alto”, devido à necessidade de “oração pela paz, que é sempre necessária”.

“O Santuário de Cristo Rei tem um papel certamente importante de pedido de súplica, de oração pela paz, na medida também em que é um monumento visível. É um sinal visível, portanto como diziam os nossos bispos, na altura do voto que fizeram [de que, se Portugal fosse poupado da II Guerra Mundial, iriam erguer sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus], esta será sempre uma expressão do amor que Deus nos tem e que quer conquistar para si toda a humanidade”, referiu.

Em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido hoje, na RTP2, o reitor do Santuário abordou a forma como vai ser assinalado o aniversário do monumento, que celebra 65 anos esta sexta-feira.

Foto: Santuário de Cristo Rei

“Às 17h00, no dia 17 de maio, temos a missa presidida por D. Manuel Clemente, cardeal patriarca emérito de Lisboa e, logo de seguida, o mesmo cardeal fará uma conferência “O reinado de Cristo – como há sessenta e cinco anos, como hoje e amanhã”, explicou o padre Carlos Filipe.

No sábado, realiza-se um concerto aniversário, com o coro Regina Coeli, de Lisboa, e no domingo o Santuário adere oficialmente à Rede Mundial de Oração do Papa, na celebração eucarística das 11h30, na Capela de Nossa Senhora da Paz, e mais tarde, é apresentado o itinerário do Caminho do Coração.

“[Caminho do Coração] é uma tradução atual daquilo que é a espiritualidade do coração de Jesus. Como sabemos, uma espiritualidade antiga, que dá forma e que dá substância a muito daquilo que é a espiritualidade também que se vive ali no Santuário de Cristo Rei e esta atualização no fundo quer traduzir esse grande património espiritual sobretudo para os nossos dias”, adiantou.

Além de um local de culto, o Santuário de Cristo Rei é um espaço turístico, algo que o padre Carlos Filipe vê como um “grande desafio”.

“Nós acolhemos muitas pessoas, a maior parte delas vindas e oriundas de outros países, outras tradições, outras culturas e não deixando de ser aquilo que somos: um santuário cristão, católico. Ainda assim, queremos fazer conjugar estas duas dinâmicas que nos entram diariamente pelas nossas portas, de modo a realizarmos a nossa missão, que é acolher e evangelizar, essa é a missão principal do Santuário de Cristo Rei”, sublinhou.

Segundo o padre Carlos Filipe, atualmente o santuário nacional acolhe diariamente uma média de três a quatro mil pessoas e que com a entrada da primavera, os números já começaram a subir: “Facilmente conseguiremos alcançar as métricas dos 4 e 5 mil pessoas diariamente”.

“No Coração da Paz” é o tema pastoral do biénio 2024-2025 do Santuário de Cristo Rei.

“O coração, porque este Deus, que nós conhecemos revela-se num coração humano, revela o seu grande amor que tem por nós, por cada um de nós, e depois a paz que ele nos oferece e que é tão necessária também nos nossos dias”, salientou o sacerdote.

O Santuário de Cristo Rei foi inaugurado a 17 de maio de 1959, como um sinal de gratidão nacional pelo dom da paz, após a II Guerra Mundial.

A ideia da construção surgiu em setembro de 1934, depois do cardeal Cerejeira ter visitado o Monumento erguido a Cristo no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro.

No âmbito das comemorações do 65 anos da inauguração do Santuário do Cristo Rei, o bispo de Setúbal, Cardeal D. Américo Aguiar, publicou uma nota episcopal.

PR/LJ

Setúbal: D. Américo Aguiar assinala 65 anos do Santuário de Cristo Rei

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