Setúbal: D. Américo Aguiar assinala 65 anos do Santuário de Cristo Rei

Nota pastoral projeta futuro do santuário nacional

Setúbal, 16 mai 2024 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal publicou uma nota pelo 65.ºaniversário do Santuário do Cristo Rei, que se celebra esta sexta-feira, projetando o futuro deste espaço, ao serviço da Igreja Católica.

“Os fiéis visitam os santuários como se fossem o Templo de Deus vivo, um local de aliança viva com Ele, onde a graça dos Sacramentos os liberta do pecado e os fortalece para testemunhar a fé com alegria e vigor renovados. Os Santuários oferecem oportunidades para a nova evangelização e promovem a religiosidade popular, levando-a a uma compreensão mais profunda e madura da fé”, afirmou o cardeal D. Américo Aguiar.

Segundo o bispo sadino, o Santuário do Cristo Rei tem vindo a tem vindo a desenvolver mecanismos que lhe permitem corresponder “cada vez mais e melhor à missão que lhe é própria”.

Assim, a ação deste local de culto centra-se em ser “um lugar de manifestação e anúncio do amor salvador de Deus”, “local de acolhimento e de evangelização”, propor “a escuta e o aprofundamento da Palavra de Deus” e fomentar “no coração de todos os que o visitam e com ele se identificam uma atitude de compromisso ativo em favor da justiça, da dignidade e do serviço evangélico”.

“Com base nestes princípios estatutários – e na ocasião da preparação da comemoração dos 50 anos da Diocese de Setúbal e do Jubileu da Igreja Universal, em 2025 – celebramos os 65 anos da inauguração deste Santuário, com o lema do biénio pastoral 2024-2025: No Coração da Paz”, indica.

Na mensagem, D. Américo Aguiar destaca que para no futuro “dar cumprimento à missão do Santuário de Cristo Rei, urge apostar nos melhores meios para um trabalho de evangelização diligente, pela caridade cristã e no cumprimento da missão” a que todos são chamados.

“Aqui nos chegam pessoas de todo o mundo, e a todos o Coração do Salvador acolhe de braços abertos, surpreende, converte e nos pede para sermos a Sua voz, as Suas mãos, a vida nova da Graça. É o que nos pede o Papa Francisco neste próximo Jubileu: ‘que os Santuários sejam lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança’ (Spes non confundit, 24)”, salienta.

Na nota episcopal com o título “O Santuário de Cristo Rei – Passado, Presente e Futuro”, D. Américo Aguiar faz ainda uma viagem pela história do monumento, assinalando que “a idealização do projeto do Santuário de Cristo Rei é indissociável da espiritualidade do Coração de Jesus”.

Foto: Santuário de Cristo Rei

“Em 1936, ao sobrevoar, de avião, a cidade do Rio de Janeiro, perante a contemplação da imponente imagem do Cristo Redentor do Corcovado, [o cardeal D. Manuel Gonçalves Cerejeira] tem a inspiração de erigir, em Portugal – mais especificamente em frente a Lisboa – um Santuário dedicado ao Sagrado Coração de Jesus”, lembra.

O bispo de Setúbal recorda os momentos em que a ideia é apresentada ao “Congresso do Apostolado da Oração”, a constituição do “Secretariado Nacional da Obra do Monumento a Cristo Rei”, a votação dos bispos portugueses, em 1940, para a construção do monumento e ainda o dia do lançamento da primeira pedra, a 18 de dezembro de 1949.

“A 17 de maio de 1959 (Dia de Pentecostes), perante a imagem de Nossa Senhora de Fátima, com a participação de todo o Episcopado Português, os Cardeais do Rio de Janeiro e de Lourenço Marques (Maputo), autoridades civis e cerca de 300 mil pessoas, inaugurou-se o Monumento”, evoca.

A escultura de Cristo Rei, que está no topo do monumento com 110 metros de altura, é da autoria de Mestre Francisco Franco e a imagem de Nossa Senhora da Paz, que se encontra na Capela do Monumento, do Mestre Leopoldo de Almeida.

De 17 a 19 de maio, o Santuário de Cristo Rei celebra o 65.ºaniversário com três dias de comemorações.

LJ/OC

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