Semana Santa: «Façamos nossos os gestos e atitudes destas mulheres que acompanham o Senhor» – bispo do Funchal

D. Nuno Brás presidiu à Missa de Domingo de Ramos na Sé

Foto: Duarte Gomes/Jornal da Madeira

Funchal, Madeira, 24 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Funchal pediu que hoje que, na “Semana Santa”, os católicos façam “os gestos e atitudes” das mulheres que acompanham o Senhor.

“Ao mesmo tempo que nos devemos tristemente reconhecer naquelas figuras de discípulos que abandonam o Senhor, ao longo desta “Semana Santa”, façamos nossos os gestos e atitudes destas mulheres que acompanham o Senhor”, disse D. Nuno Brás, na Sé do Funchal, onde presidiu à celebração de Domingo de Ramos

Na homilia, enviada à Agência ECCLESIA, o responsável explica que no início e no seu final da narração do evangelho da Paixão segundo São Marcos encontra-se “a Igreja, a mulher”.

“No início, a mulher professa publicamente a fé em Jesus Cristo salvador e mostra como todo o mistério pascal é uma questão de amor — amor que Deus tem por todos e amor que queremos ter por Ele. E, no final, aquelas outras mulheres (Maria Madalena e Maria, mãe de José), com o olhar, acompanham o Senhor que era depositado no sepulcro, como que aguardando uma outra palavra (para elas ainda desconhecida): a ‘palavra da ressurreição’”, desenvolveu.

Na Sé do Funchal, o D. Nuno Brás pediu que, “com ousadia”, procurem “corresponder ao seu amor: “Pedindo-lhe que não nos deixe nunca cair na atitude cobarde de quem foge, mas sempre perdoe o nosso pecado e nos ajude a ser seus verdadeiros discípulos!”.

Com a celebração dos Ramos, a Igreja Católica inicia este domingo a Semana Santa, os momentos centrais do ano litúrgico que, nas igrejas e nas ruas, recordam os momentos da Paixão de Jesus.

A partir do Evangelho, o bispo do Funchal explica que São Marcos “apresenta várias figuras de discípulos de Jesus”, e, ao longo da homilia, vai refletindo sobre cada uma, com interpelações para os discípulos hoje.

A nós, que hoje somos os seus discípulos, convém-nos tomar a sério a interpelação daquela criada do Sumo-Sacerdote a Pedro: ‘Tu também estavas com Jesus, o Nazareno!’. Portanto, olhando para as várias figuras de discípulos, perguntemo-nos: E eu como é que no início desta Semana Santa me disponho a estar com Jesus?”

D. Nuno Brás incentiva à reflexão sobre quantas vezes negaram “conhecer o Senhor, dar testemunho dele diante de todos”, ou quantas vezes abandonaram Jesus porque “a vida não correspondeu aos planos” de cada um, e destaca que, com um sinal de amizade – “aquele que eu beijar, é esse mesmo. Prendei-o” -, “Judas trai o Senhor, talvez desiludido porque Jesus não correspondeu às suas expectativas”.

“No Cireneu, encontramos todos os que vêm de uma cultura diferente da nossa, mas que, não sendo ainda cristãos, se deixam transformar, converter, quando os seus caminhos se cruzam com os de Jesus. E nós? Como acolhemos os estrangeiros e os convidamos à fé?”, referiu.

A Igreja Católica inicia, com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico, que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, celebração da ressurreição de Cristo.

CB/OC

 

 

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Agência ECCLESIA

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