«Nessa semana temos, com certeza, mais alguém que pensa em nós, que se preocupa connosco» – D. Vitorino Soares
Porto, 04 out 2023 (Ecclesia) – O reitor do Seminário Maior da Diocese do Porto destaca que o tema da Semana dos Seminários 2023 é “um convite direto, pessoal, não é genérico”, e assinala que, nesta semana, têm “mais alguém se preocupa”.
“Não estamos fechados, não estamos isolados, nessa semana temos, com certeza, mais alguém que pensa em nós, que se preocupa connosco, não só na oração, mas também na partilha”, disse o D. Vitorino Soares, bispo auxiliar do Porto, no contexto da Semana dos Seminários, que começa este domingo, divulga a diocese portuense.
O reitor do Seminário Maior da Diocese do Porto explica que, “fundamentalmente”, aquilo que vivem “é um desafio” que também lançam: “Esses que pensam em nós, que se interroguem nesta resposta a dar para aquilo que os seminários existem. Que é preparar, formar seminaristas”.
A Igreja Católica em Portugal vai celebrar a Semana de Oração pelos Seminários 2023, a partir deste domingo, de 5 a 12 de novembro, este ano com o tema bíblico “Não tenhas medo. Serás pescador de homens”, do Evangelho de São Lucas (Lc 5,10b).
D. Vitorino Soares, que é também o presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios (CEVM) dos bispos portugueses, contextualiza que o Papa Francisco disse esta frase na oração de vésperas, no Mosteiro dos Jerónimos, na visita a Portugal pela JMJ Lisboa.
“É esta sensibilização que este ano queremos que seja mais abrangente, não apenas para aquelas famílias mais tradicionais e aquelas comunidades que já têm algum percurso vocacional, mas, fundamentalmente, para este leque alargado de jovens que também foram tocados pela Jornada Mundial da Juventude”, acrescentou.
Neste sentido, o bispo que é reitor do Seminário Maior realça que lembrar a frase do Papa – ‘Não tenhas medo, serás pescador de homens’ – é “um convite direto, pessoal, não é genérico”, mas dirige-se a alguém “com um nome, com uma história, com uma família, com uma comunidade”.
D. Vitorino Soares refere também a importância de “quebrar rotinas” por quem vive na vida do Seminário, “como quem vive numa família”, e que pretendem que “seja uma atitude comunitária”, que sejam todos a lutar por isso.
“Não só de relação pessoal, de humanidade, mas também de irmos inventando e tentar também alguma criatividade neste renovar da vida do Seminário. É claro que cada um diferente e já vai contribuindo para isso, mas não é suficiente.”
Neste contexto, o reitor do Seminário Maior destaca a importância de criarem-se “relações novas” entre as pessoas, que é, hoje em dia, uma das “questões essenciais da Igreja”, por isso também do Seminário, “dos próprios padres”, e nas comunidades, porque existe “o risco” de se reunirem “à volta do altar da Eucaristia e são pessoas que se desconhecem”.
“Estes tempos de hoje, acho que não tem que ver apenas com a pandemia, mas com a nossa forma de ser, fechamo-nos mais, vivemos para nós próprios. Portanto, esta capacidade humana, de relação humana, de estar com os outros, de estar também aberto a essas surpresas dos outros, se as desenvolvermos, elas vão surgir. E vão surgir pessoas que eu desconhecia e que vivem ao meu lado e que ajuda também para que Deus se manifeste nelas”, desenvolveu o bispo auxiliar do Porto.
Para a celebração desta Semana dos Seminários 2023, a Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), publicou diversos subsídios, como catequeses e encontros de reflexão, vigília de oração, admonições e preces para as Eucaristias.
CB