Igreja/Portugal: Serviço Nacional de Música Sacra tem desafio de «reestruturar» e investir na formação

«Não podemos deixar cair por terra tudo aquilo que já foi um investimento muito grande no nosso país», afirmou professor Emanuel Pacheco

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Fátima, 12 set 2023 (Ecclesia) – O presidente do Serviço Nacional de Música Sacra (SNMS), do Serviço Nacional da Liturgia, assumiu o “desafio muito grande” de coordenar este setor da Igreja Católica em Portugal e da reestruturação que começa em outubro, no novo ano pastoral.

“Estamos a reestruturar, não podemos deixar cair por terra tudo aquilo que já foi um investimento muito grande no nosso país. Em termos musicais houve um investimento muito grande na música sacra e não podemos, de maneira alguma, deixar que caia agora”, disse o professor Emanuel Pacheco à Agência ECCLESIA.

O novo responsável, nomeado presidente do Serviço Nacional de Música Sacra, em março deste ano, pela Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade da CEP, explicou que no próximo mês de outubro vão reunir os delegados diocesanos desta área “para delinear algum plano de trabalho para os próximos tempos, que “vai assentar na formação, que é essencial”.

Depois, o SNMS vai tentar promover, incentivar essa formação centralmente, mas que “irradie para cada uma das dioceses” e que em cada uma “haja investimento para a formação dos agentes”.

“É para nós ponto primário de recomeço, investir o mais possível na formação promovendo-a”, acrescentou à margem do 47.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (ENPL), onde participa há 39 anos, em Fátima.

Segundo o presidente do Serviço Nacional de Música Sacra, o objetivo de qualquer comissão deste setor, em qualquer país, é “tentar criar as condições para que a música completa aquilo para que é chamada”, e

“O desafio é conseguirmos trabalhar de tal maneira que todas as pessoas que estão envolvidas nesta coisa da Música Sacra, na música litúrgica, consigamos em termos musicais ter cada vez mais gente a saber música”, e basta ver neste espaço, do 47º ENPL, “muita gente com muita idade mas já se vê muita gente nova também”, agora, é preciso “complementar tudo com aquilo que é importante na Música Sacra, a componente do foro da liturgia, a componente deste serviço que a música presta dentro da Igreja”.

Para o professor Emanuel Pacheco coordenar o Serviço Nacional de Música Sacra “é um desafio muito grande, por muitas razões”, e começa por destacar a sua história, lembrando “duas pessoas marcantes” que estivem à frente deste serviço “durante muitos anos”: “o Dr. António Ferreira dos Santos, por tudo o que lhe é reconhecido e conhecido, quer, agora mais recentemente, o padre António Cartageno” (nomeado presidente a 8 de dezembro de 2012).

“Logo aqui, torna-se muito difícil por aquilo que se está a herdar”, realçou, acrescentando que há também “um trabalho muito intenso” a fazer “até como consequência” da pandemia Covid-19, dois anos em que estiveram “quase parados, se não mesmo parados, e é preciso voltar a pôr o motor a funcionar”.

O professor Emanuel Pacheco afirma que a ideia “é no mínimo manter” mas querem “elevar tudo” para que a Música Sacra “continue a desempenhar tudo aquilo que é o papel dela no seio da liturgia”.

O SNMS é um departamento do Secretariado Nacional de Liturgia, da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade (CELE), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), destinado a fomentar a música sacra, segundo as orientações da Igreja.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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