Portugal: «Canto pela Paz» une vozes de várias religiões (c/vídeo)

Susana Silva destaca importância de promover «cultura do encontro»

Lisboa, 10 mai 2023 (Ecclesia) – A responsável do Departamento de Comunicação do projeto ‘Canto pela Paz’ considera que esta iniciativa, com caracter ecuménico, está “a semear algo no coração de todos estes jovens” que “vai germinar quando forem adultos”.

“Nós, enquanto projeto, acreditamos que estamos a semear a paz que virá seguramente através das ações”, disse à Agência ECCLESIA Susana Silva.

O Canto pela Paz’ é um projeto inter-religioso e ecuménico que pretende “ser cultura do encontro”, através de ações que promovam “o relacionamento entre crianças, jovens e adolescentes que cantem a paz e sejam elas as verdadeiras protagonistas e agentes de mudança e facilitadoras de paz e fraternidade”, sublinhou.

Este projeto, idealizado pelo Coro dos Pequeno Cantores de Nova Oeiras, nasceu de uma ideia e de um sonho em colocar crianças e jovens, de diversas religiões e denominações cristãs, a construir a Paz através da música, enquanto linguagem universal.

A música passa “muita mensagem” e o projeto acredita que “passando bons valores, grandes desafios e grandes metas pode ser um bom veículo”, disse Susana Silva em entrevista ao Programa ECCLESIA emitido hoje na RTP2.

As “notas musicais promovem a harmonia” e o projeto ‘Canto pela Paz’ promove “o espaço de encontro”, realça a responsável do departamento de comunicação do projeto.

Este projeto tem como objetivo principal proporcionar ações que promovam o relacionamento entre religiões, igrejas e culturas, onde as crianças e os jovens possam, sem qualquer distinção e em perfeita harmonia, serem elas as protagonistas e agentes de mudança e facilitadoras de Paz e de Unidade, através do canto, da música, da arte, enquanto linguagens universais.

Num mundo “dividido e fragmentado”, o projeto procura promover “a reconciliação e a fraternidade entre todos os que criem e também entre todas as pessoas de boa vontade, e difundir os valores da paz, da convivência, do bem comum”, salienta.

Interpelados pelo Papa Francisco, que desafia a uma consciência ecológica e ao cuidado fraterno, de modo particular nas encíclicas ‘Laudato si’ (2015) e ‘Fratelli tutti’ (2020), o Projeto ‘Canto pela Paz – AMU Portugal’ quis dar o mote à 4ª edição do Festival Infanto-juvenil ‘Canto pela Paz 2022’.

A próxima edição “foi desenhada em sintonia” com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto de 2023.

“No dia 1 de agosto, num palco da JMJ, o ‘Canto pela Paz’ vai atuar com transmissão nas plataformas digitais”, disse Susana Silva.

O Projeto ‘Canto pela Paz – AMU Portugal’ quis assinalar o Dia do Canto pela Paz 2023, esta quarta-feira, na sede da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, na Antiga Manutenção Militar do Beato.

“Um momento de encontro entre membros de diferentes denominações cristãs e diferentes religiões para cantarmos juntos pela paz, rumo à JMJ23” e “vai ser uma pequena amostra do festival”, explica.

Neste Dia do Canto pela Paz 2023, que conta com 12 grupos inscritos, na sede da JMJ Lisboa onde estão instalados o Comité Organizador Local (COL) da Jornada em Portugal e o Comité Organizador Diocesano (COD) do Patriarcado, a organização pretende reunir grupos que vão participar no Festival Internacional Canto pela Paz 23, que vai decorrer na Jornada Mundial da Juventude na capital portuguesa.

Na sua 5ª edição, com o tema ‘Paz em ação, porque todos importam’ (Peace in Action, Because Everyone Matters), o Festival Internacional Canto pela Paz vai integrar a programação do ‘Festival da Juventude’ da JMJ 2023, já conta com 30 grupos confirmados e vai ser transmitido através das plataformas digitais.

Grupos de adolescentes e jovens de diferentes confissões religiosas em Portugal, e alguns grupos internacionais, vão “testemunhar” que a paz entre os povos “é possível, através do canto e da música”, no “espírito” da Jornada.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude, e desde então tem-se evidenciado como um momento de encontro e partilha para milhões de pessoas por todo o mundo.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo passado pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

PR/LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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