Lisboa 2023: Mais de 80 espaços acolhem «Festival da Juventude», com propostas culturais dos cinco continentes

JMJ vai ter «Cidade da Alegria», em Belém, e vários pontos de encontro, do Parque Eduardo VII ao Parque Tejo

Lisboa, 22 abr 2023 (Ecclesia) – Mariana Frazão, da Direção Pastoral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, destacou a dimensão de um evento “único”, que inclui propostas culturais dos cinco continentes no “Festival da Juventude”, espalhado por 80 espaços da cidade.

“Queremos garantir que temos oferta cultural para todos, vindos de qualquer canto do mundo”, refere a responsável à Agência ECCLESIA.

O encontro mundial, que Portugal recebe pela primeira vez de 1 a 6 de agosto, inclui na sua programação um conjunto de eventos culturais, religiosos e desportivos, protagonizados pelos peregrinos da JMJ.

“Recebemos muitas candidaturas do mundo inteiro: temos teatro, dança, conferências, exposições, vamos ter também torneios desportivos a decorrer”, adianta Mariana Frazão.

O Comité Organizador Local (COL) explica que o Festival da Juventude quer proporcionar aos peregrinos da JMJ 2023 e à cidade de Lisboa “uma experiência de alegria, juventude, universalidade e fé, mostrando que a Igreja Católica é uma igreja viva e jovem, capaz de usar as linguagens e formas de arte da atualidade sem comprometer a mensagem que pretende transmitir”.

O evento decorre por toda a cidade de Lisboa, em palcos e espaços exteriores, mas também em espaços interiores (auditórios, salas de cinema, teatros, museus, espaços de exposições, igrejas).

Outro ponto central da programação vai ser a “Cidade da Alegria”, no Jardim Vasco da Gama, em Belém, que acolhe a Feira Vocacional e o Parque do Perdão.

Em edições anteriores da JMJ, estes espaços estavam separados, mas em Lisboa a organização quis desafiar todos os visitantes a fazer um percurso comum, “desde a vocação ao perdão”.

O espaço vai contar ainda com uma capela, para que os peregrinos possam parar e rezar.

Mariana Frazão indica que o objetivo é mostrar a “diversidade” da Igreja.

“Todos nós temos lugar”, sustenta.

A Feira Vocacional é apresentada pelo COL como o “espaço onde os jovens peregrinos podem entrar em contacto com diversos movimentos, associações, comunidades, ordens religiosas e projetos de cariz social”.

A iniciativa estará aberta de terça-feira a sexta-feira (1 a 4 de agosto de 2023) das 09h00 às 20h00, incluindo ‘talks’ e testemunhos em dois coretos no centro da Feira Vocacional e ainda momentos de oração na capela e nos jardins.

Foto: JMJ Lisboa 2023

Quanto ao Parque do Perdão, o COL propõe um espaço onde “os peregrinos podem fazer um encontro com o Cristo Misericordioso através do Sacramento da Reconciliação”, entre os dias 1 a 4 de agosto de 2023, das 10h00 às 18h00.

A construção dos 150 confessionários, onde estarão padres de diferentes nacionalidades, foi confiada a reclusos dos Estabelecimentos Prisionais de Coimbra, Paços de Ferreira e Porto, um projeto acolhido de “braços abertos”.

“Queremos chegar a todos e queremos trazer todos para a Jornada. Por isso, os confessionários são mais uma forma de envolver todos”, indica a responsável da Direção Pastoral da JMJ Lisboa 2023.

O tema da JMJ Lisboa 2023 é ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

As tradicionais catequeses – nas manhãs de quarta, quinta e sexta-feira -, dão lugar em Lisboa a um novo modelo de encontro entre os jovens e os bispos, o ‘Rise Up’, para que as novas gerações “possam falar daquilo que as preocupa”.

Mariana Frazão fala ainda dos eventos centrais, que incluem a Missa de Abertura, a 1 de agosto, vai ser presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, no Parque Eduardo VII

Dois dias depois, o mesmo espaço recebe a celebração de acolhimento do Papa, um “momento de muita alegria”; ainda no Parque Eduardo VII, a 4 de agosto, vai ser celebrada a Via-Sacra, colocando os jovens a rezar com Francisco.

“Todos estes eventos têm um cariz artístico e performativo”, precisa a entrevistada, falando da presença do coro e da orquestra da JMJ, num total de 290 pessoas.

Já no Parque Tejo, entre os municípios de Lisboa e Loures, decorre a Vigília, na noite de 5 de agosto.

“A ideia é os peregrinos saírem de manhã, dos seus alojamentos, e fazer o percurso”, refere Mariana Frazão.

Após pernoitarem no local, os peregrinos participam na Missa de Envio, presidida pelo Papa no domingo, dia 6 de agosto; antes de regressar ao Vaticano, Francisco encontra-se com os voluntários da JMJ.

Os 100 dias para a JMJ Lisboa 2023 estão em destaque na próxima emissão do Programa ‘70×7’, este domingo, na RTP2, pelas 17h30.

HM/OC

A JMJ nasceu após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

São João Paulo II escreveu uma Carta Apostólica aos jovens do mundo (31 de março de 1985) e depois anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude (20 de dezembro de 1985)

Este é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais, em quatro continentes, e sete dessas edições decorreram na Europa.

 

 

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Agência ECCLESIA

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