A «indiferença ética destrói a política e enfraquece a democracia», afirma o Movimento Ação Ética em comunicado
Lisboa, 10 jan 2023 (Ecclesia) – O Movimento Acção Ética (MAE) propõe que “todos os candidatos a cargos políticos” assinem uma declaração de “compromissos legais e éticos para poderem aceitar a nomeação”.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o MAE afirma que “a indiferença ética destrói a política e enfraquece a democracia”, por isso apela “aos partidos políticos que promovam uma ética social e política, protegendo o prestigio das instituições públicas, preservando o valor da representatividade democrática dos titulares de cargos políticos e defendendo, deste modo, a democracia”.
A tradição cultural europeia de matriz judaico-cristã aponta para “uma dimensão ética do exercício do poder político, centrada em dez regras”, realça o comunicado.
Tais postulados “de ética política de raiz judaico-cristã” continuam, hoje, “perfeitamente válidos, tenham a designação de ética constitucional ou de ética republicana: não há política sem ética, nem governantes legítimos sem uma dimensão ética pessoal de conduta na vida pública”, acrescenta o documento do MAE
Num cenário de “desmoronamento de mínimos éticos de conduta de governantes e de responsáveis de altos cargos administrativos envolvendo dinheiros públicos”, o Movimento Acção Ética (MAE) sublinha que “no caso de se verificar que não reúnem algumas das condições descritas nesse compromisso, deverão ser responsabilizados, renunciando automaticamente à nomeação”.
O MAE – Movimento de Acção Ética foi fundado a 1 de janeiro de 2021, por António Bagão Félix (economista), Paulo Otero (jurista), Pedro Afonso (médico psiquiatra) e Victor Gil (médico cardiologista).
Sob a divisa “Vida, Humanismo e Ciência”, o MAE é uma iniciativa cívica que visa propor abordagens, reflexões, estudos e contributos em torno das questões éticas atuais, propondo uma ética centrada na pessoa e na valorização da vida humana, combatendo a indiferença e o relativismo ético, desejando contribuir para uma maior consciencialização dos imperativos éticos e para uma ética do futuro que não seja uma ética para o futuro, mas para hoje.
LFS