JMJ 2023: Bispo de Aveiro assinala a «oportunidade para reanimar» a pastoral juvenil nas comunidades

D. António Moiteiro afirma que «não basta dizer que é preciso apostar» num «grupo social cada vez mais afastado da Igreja»

Foto: COD Aveiro

Aveiro, 08 set 2022 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro afirma que é preciso uma “verdadeira” aposta nos jovens e vai “procurar acompanhar de perto” as suas atividades no novo ano pastoral, indicando ainda como prioritário a “espiritualidade vocacional e estilo de comunicação”, em 2022-2023.

“Porque os jovens são um grupo social cada vez mais afastado da Igreja, não basta dizer que é preciso apostar neles. Constata-se uma verdadeira necessidade de investirmos na arte do acompanhamento e do discernimento dos jovens”, escreve D. António Moiteiro, na sua carta para o Plano Pastoral 2022-2023.

O bispo de Aveiro indica que é preciso ir ao encontro dos jovens, “escutá-los, compreender a sua linguagem, preocupações”, e fazer-lhes propostas com sentido, “com simplicidade e com beleza”.

“Reduzir a ação pastoral com jovens à preparação do Sacramento do Crisma é caminho que não dá frutos. Se todo o momento pode ser um tempo favorável, a Jornada Mundial da Juventude deve ser oportunidade para reanimar a pastoral juvenil nas nossas comunidades. Vivemos tempos desafiantes em ordem a promover uma maturidade afetiva em Cristo, que gere uma espiritualidade de comunhão e uma pastoral de atração e de contágio”, desenvolveu.

D. António Moiteiro adianta que vai “procurar acompanhar de perto” as atividades com os jovens ao longo deste ano pastoral, e, destaca alguns momentos mais significativos, como os encontros arciprestais, o dia diocesano da juventude, e, em março de 2023, a peregrinação dos dois símbolos da JMJ.

‘Levanta-te e caminha!’ é o lema do plano pastoral 2022/2023 da Diocese de Aveiro, inserido num triénio pastoral que “teve de ser adaptado devido à pandemia que a todos afetou”.

Segundo o bispo de Aveiro, nos seus itinerários formativos e pastorais, a temática, que vem na sequência dos temas dedicados ao Batismo e à Família, “privilegia” âmbitos que ajudem a definir, promover e implementar “o espírito sinodal como forma de ser e edificar a Igreja de Jesus”, neste tempo e nesta cultura: “Jornada Mundial da Juventude, espiritualidade vocacional e estilo de comunicação”.

D. António Moiteiro recordou, a partir da síntese diocesana do processo sinodal 2021/2023, que devem desenvolver “uma atitude de escuta e de compromisso”, e sair de “hábitos e rotinas, dos lugares de conforto”.

O bispo diocesano realça que a comunhão se gera também na comunicação, “pelo que é conveniente definir bem o que se quer transmitir”, e acontece quando “a comunicação é encontro e diálogo”.

Sobre “as vocações de consagração”, o bispo de Aveiro começa por referir que se querem “ser sinal duma Igreja à escuta e a caminho”, nos vários contextos da vida da Igreja, têm de “definir critérios e fazer opções pastorais”.

Segundo D. António Moiteiro, a Igreja e o mundo “necessitam de uma renovada reflexão sobre as vocações”, “muitas das dificuldades” neste setor “estão ligadas a uma crise da família e a um conhecimento insuficiente da Igreja”, por isso, garantir a formação “será uma urgência pastoral”.

“Somos uma diocese que no último censo cresceu em população e isto deve-nos empenhar na cultura vocacional do despertar, ajudar a crescer e partilhar os dons e os carismas com que Deus enriquece a nossa Igreja de Aveiro”, assinala na carta para o Plano Pastoral 2022-2023.

CB

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Agência ECCLESIA

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