Bento XVI de regresso a Roma

Bento XVI regressou esta segunda-feira a Roma, depois de uma viagem de cinco dias ao Brasil, onde presidiu à abertura dos trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho. O Papa irá agora permanecer, até sábado, na residência pontifícia de Castel Gandolfo, para um período de repouso. Esta quarta-feira, dia 16, não terá lugar a habitual audiência geral. Esta visita apostólica ficou marcada pela reafirmação dos valores centrais da fé católica, desde à defesa da vida em todas as suas fases, com o compromisso em favor dos mais pobres, à necessidade de uma nova evangelização que combata a “crise” da vida cristã e o avanço das seitas. Aos Bispos da região, Bento XVI deixou um discurso programático denso e exigente, pedindo a todos os católicos da América Latina – padres, religiosos, famílias e também os políticos -, no seu meio, a assumirem a exigência da missão para combater o secularismo, o hedonismo, o relativismo e o proselitismo de outros movimentos religiosos. O Papa abordou temáticas da moral sexual e social, alertando contra as políticas que considera contrárias à vida e à família, por promoverem o aborto e a legalização de outras formas de união. A preocupação foi também para regimes “autoritários” com ideologias contrárias à fé cristã. A Igreja, entidade independente das forças políticas, deve ajudar a edificar o bem comum e ir ao encontro dos pobres, levando o Evangelho a zonas remotas e às periferias urbanas. Várias foram as ocasiões em que o Papa pediu que as convicções da comunidade cristã não fossem confundidas com ideologias políticas ou activismo social, destacando a necessidade de voltar ao “fundamento da esperança”, o “Deus-Amor” de que falou na sua primeira encíclica. Foi esta fé, disse, que deu “magníficos frutos” desde o primeiro momento da Evangelização na América Latina.

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