A história dos irmãos Afonso e Pedro Sousa que os levou à ordenação sacerdotal – Emissão 23-06-2022

Afonso e Pedro Sousa são irmãos gémeos, vão ser ordenados padres no dia 3 de julho, no Mosteiro dos Jerónimo, em Lisboa, depois de um percurso, de quase 10 anos de formação no Patriarcado de Lisboa. Nesta conversa evocam momentos familiares que dão conta do seu crescimento e conhecimento em Igreja, caminho que os levou a querer entrar no Seminário quando ouviram o convite «A Igreja chama-te ao seminário». Esta é a história que hoje entendem que Jesus fez com cada um, fruto do que conheceram em casa, do que aprenderam a amar, depois de conhecerem o mundo e do desejo afirmado de querem ser padres para a Igreja.

“Tivemos muita conversa à mesa sobre a ida do Pedro para o seminário. Os pais diziam que com 14 anos havia ainda muito a viver, manifestando também a preocupação de haver muito a educar”, recorda Afonso Sousa;

“Sempre gostámos muito de brincar mas levávamos a sério as brincadeiras – se é para fazer, faz-se bem. Fazíamos arranjos de flores e, tendo um pai ligado à parte técnica do som, nas nossas missas nunca faltava um microfone. Apostávamos e gastávamos muito tempo a preparar. Lembro-me que, em maio, fizemos um andor para a Nossa Senhora, com uma caixa de fruta virada ao contrário com uns pauzinhos para carregar”, explica Pedro Sousa;

“Nascemos numa família cristã, e sabemos que a família é a base para a construção da nossa Igreja doméstica. Ali temos a primeira Igreja. Eu e o Pedro aprendemos a rezar com os pais. As primeiras experiências de vida na Igreja, participar nas dinâmicas das Equipas de Nossa Senhora, onde os pais participavam, o ir à missa, o rezar à Nossa Senhora em família, as procissões do Corpo de Deus ou a procissão do Congresso da Nova Evangelização nas ruas de Lisboa, são experiencias que nos marcam, são semente que os pais deixam que, na resposta ao Seminário, recordamos”, afirma Afonso Sousa;

“O facto de os padres não poderem casar equivale à graça de poder viver como Jesus, com amor que é para todos. É decisivo falar sobre isto porque é relacional e constrói-nos como pessoas; não podemos dizer que o padre perdeu a sua afetividade – ganhou-a de outra forma. Renunciamos a uma relação conjugal para nos entregarmos com disponibilidade à Igreja. Esta renúncia não é só um «não»; eu renuncio mas digo «sim» a outras coisas”, acrescenta Pedro.

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Agência ECCLESIA

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