Jovens, promessa de vocações

Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios aponta «generosidade e disponibilidade» dos jovens A Semana de Oração pelas Vocações termina amanhã, dia 29. Sete dias em que a Igreja se uniu para mostrar que cada pessoa tem um projecto de vida, que pode ser “um projecto de amor”, bem diferente da banalidade que se impõe no dia a dia, porque “a vida não é um acaso”. Quis esta semana de oração, em Portugal, tornar presente a mensagem que Bento XVI dirigiu a todos, para que “nesta ocasião nos pudéssemos colocarmos diante das vocações para a vida e para a missão da Igreja”, sublinha à Agência Ecclesia D. António Francisco dos Santos, Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios. Estes sete dias foram um “tempo para intensificar a oração”, de forma a fazer surgir vocações “em número e qualidade”. Aconteceram momentos de oração e encontros com jovens, momentos de celebração, vigílias nas diversas comunidades cristãs, que constituiram também uma oportunidade para afirmar que “a vocação é um tema oportuno, urgente e actual”, sustenta o Bispo de Aveiro. Uma actualidade que se evidencia nos sinais que o Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios diz encontrar, com especial carinho, entre os jovens. Campos onde a experiência de grupos de jovens, de acção de voluntariado, de experiências de movimentos apostólicos vão permitindo estabelecer o encontro “e fazer despertar sinais e pessoas que se disponibilizam e se entregam numa vida de vocação e consagração, quer na vida sacerdotal, religiosa ou missionária”. “Temos testemunhos evidentes que estes sinais existem no mundo e concretamente em Portugal”, sublinha D. António Francisco dos Santos, apontando vários jovens que suscitam acompanhamento depois de passar por uma experiência de procura e de reflexão, ou de um percurso de voluntariado, ou mesmo estando ao serviço das suas comunidades. “A vocação é sempre um mistério de conversão, de acolhimento”, sendo que a fidelidade é “o seu grande atributo”, seja qual for a vocação. No trabalho e na experiência enquanto Bispo, D. António dos Santos ressalta o encontro com jovens que se disponibilizam para diversas iniciativas, “seja em peregrinação até Fátima, ou no desejo de receber o sacramento do Crisma. Encontro jovens generosos, disponíveis e atentos porque percebem o valor e a importância, e confrontam-se com a possibilidade do chamamento”. As respostas à vocação consagrada encontram-se hoje em todas as idades. Mas o Bispo de Aveiro centra-se em especial nos jovens “porque são eles a quem nos dirigimos em primeiro lugar”. Os desafios que a sociedade impõe às famílias fazem reflectir sobre se o espaço familiar ainda é propício ao acolhimento vocacional. “É uma realidade que se assume”, mas o trabalho da Igreja deve caminhar no sentido da “valorização, da educação e do serviço da família”. O espaço familiar já não é como outrora o único lugar onde os jovens descobrem a sua vocação. “É noutros ambientes, sobretudo em movimentos apostólicos e da comunidade cristã”, aponta. Com isto não é de dispensar “o valor da família como um espaço prioritário de acção da igreja”. D. António Francisco dos Santos aponta que cada vez mais a descoberta e o confronto com a vocação “são experiências de comunhão e comunidade” e as respostas não se encontram no “isolamento mas no contacto com as pessoas, porque é no testemunho visível que se descobre o rosto de Cristo”.

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Agência ECCLESIA

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