A Igreja Católica celebra nas últimas horas de Sábado Santo e nas primeiras de Domingo de Páscoa o principal e mais antigo momento do ano litúrgico, a Vigília Pascal, assinalando a ressurreição de Jesus.
Nos primeiros séculos, as Igrejas do Oriente celebravam a Páscoa como os judeus, no dia 14 do mês de Nisan, ao passo que as do Ocidente a celebravam sempre ao domingo. O Concílio de Niceia, no ano 325, apresentou prescrições sobre o prazo dentro do qual se pode celebrar a Páscoa, conforme os cálculos astronómicos (primeiro domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da primavera): de 22 de março a 25 de abril.
“Até ao século V, a Vigília era noturna, depois começou progressivamente a antecipar-se para as primeiras horas de sábado”, explica à Agência ECCLESIA o padre Pedro Lourenço, diretor do Departamento de Liturgia do Patriarcado de Lisboa.
O especialista recordou a proibição das Missas a partir do meio-dia, dado que o jejum eucarístico começava à meia-noite anterior, que vigorou na liturgia católica. “No Sábado Santo, aconteceu a mesma coisa”, relata. A manhã de sábado era preenchida pelo “Aleluia Pascal”, ficando conhecida popularmente como “Sábado de Aleluia”.