Religiões para a paz

Debate em Oeiras contou com representantes de várias Igrejas “Religião no século XXI – motivo de conflitos e construtora de paz” foi tema em discussão que juntou no passado dia 23, em Oeiras, personalidades de diferentes religiões, “algumas conotadas com um clima de instabilidade”, explica à Agência ECCLESIA, António Pena, dinamizador do encontro. O Padre Peter Stlwell falou em representação da Igreja Católica. Pela Igreja Presbiteriana, esteve presente o Pastor Dimas de Almeida. Esther Mucznik marcou presença enquanto investigadora dos assuntos judaicos e Faranaz Keshavjee, falou pela comunidade Ismaelita. Presente no debate, esteve também, José Manuel Fernandes, director do jornal “Público”. A religião católica é construtora de paz, “principalmente porque procura ligações com outras religiões”, em particular com a religião muçulmana que tem “fama de ser mais construtora de conflitos”, adiantou o dinamizador do encontro. A representante da comunidade Ismaelita, Faranaz Keshavjee, defendeu a comunidade Ismaelita, num modo de actuar “mais orientado para o social e apesar da fama de maldade, na verdade era preciso sim resolver algumas questões sociais”, relembra António Pena sobre a abordagem de Faranaz Keshavjee. A forma de apresentar as diferentes religiões “acrescida à sabedoria e experiência dos intervenientes” gerou um bom debate “e um maior conhecimento das outras religiões não católicas”, sugere António Pena. Quem aderiu a este encontro, maioritariamente pessoas de fora da comunidade paroquial, “manifestaram muito interesse”. O próprio tema do encontro suscitava interesse, “por isso a participação não se circunscreveu a pessoas da paróquia”, adianta. “É importante ter fé e interesse pelas questões religiosas, nomeadamente pela fé católica”, sugere o responsável pelo Grupo Ecuménico da paróquia de Paço d’Arcos, que organizou o encontro e dá agora os primeiros passos para se constituir. O objectivo será dar continuidade a estes encontros, abrindo lugar para outros que não partilhem da fé católica, mas “queiram debater e discutir amplamente estas questões religiosas”, não se limitando à fronteira paroquial. Ficou a vontade de continuar o debate. “A organização de conferências individuais talvez seja uma boa hipótese, abrindo a uma maior participação de todos”. Este é um projecto que o Grupo Ecuménico pretende desenvolver. “Mesmo que uma pessoa não tenha fé, encontra nas leituras da Bíblia aspectos interessantes para a sua vida”, sublinha.

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