D. Ivo Scapolo pediu «serenidade, paciência» e, de forma especial, «muita oração para que tudo possa acontecer da melhor maneira»
Angra do Heroísmo, Açores, 12 abr 2022 (Ecclesia) – O núncio apostólico em Portugal afirmou que os responsáveis envolvidos no processo estão a “trabalhar” para que a Diocese de Angra “possa ter, quanto antes, a nomeação do novo bispo”.
“Há muitos elementos sobre a conclusão desse processo, que é um processo bastante longo, e que prevê a consulta dos bispos, sacerdotes, para conhecer as características da diocese, para saber qual a pessoa mais idónea e apta para realizar esse importante serviço”, explicou D. Ivo Scapolo, esta segunda-feira, falando aos jornalistas no final de uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores.
A Diocese de Angra encontra-se em sede vacante desde o dia 21 de setembro de 2021, quando D. João Lavrador foi nomeado pelo Papa como bispo de Viana do Castelo; em novembro desse ano, o cónego Hélder Fonseca Mendes foi eleito administrador diocesano pelo Colégio de Consultores, na comunidade açoriana.
“Estamos a trabalhar para que a diocese possa ter quanto antes a nomeação do novo bispo”, salientou o representante do Papa em Portugal.
D. Ivo Scapolo sublinhou que são necessárias “bastantes semanas de trabalho” para concluir este processo de nomeação, e disse que não podia “entrar em detalhes” sobre a possibilidade de ser escolhido alguém dos Açores.
O responsável pediu ainda “serenidade, paciência”, e aos crentes, de forma especial, “muita oração para que tudo possa acontecer da melhor maneira”.
O núncio apostólico em Portugal está nos Açores desde o Domingo de Ramos (10 abril), para presidir às celebrações da Semana Santa e Páscoa.
“A presença do núncio tem como objetivo fortalecer a comunhão entre o Papa e a Igreja local; Estas visitas são muito importantes para conhecer os trabalhos e serviços que fazem um trabalho admirável e que merece muito do nosso apoio”, desenvolveu o arcebispo italiano.
Esta segunda-feira, D. Ivo Scapolo reuniu-se com o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, em Ponta Delgada, e realçou o objetivo comum da Igreja e do Estado, no caso do arquipélago dos órgãos de governo próprios, na promoção “do bem material e espiritual das pessoas”, destacando “várias formas de colaboração”.
José Manuel Bolieiro salientou a marca religiosa católica no que designou por “açorianidade” e destacou o “tanto” que a Igreja faz em variadas áreas, como a saúde, “a área social que supre tantas incapacidades dos poderes públicos”, sobretudo no apoio psicológico, social, moral e espiritual “às famílias mais desprotegidas”.
Citado pelo portal diocesano ‘Igreja Açores, o presidente do Governo Regional referiu também que conversaram sobre a “importância” da Igreja ter o seu novo bispo, “sem intromissão direta, mas ciente das capacidades dos açorianos” em assumir estas funções.
“Não pude deixar de manifestar a minha preferência por um açoriano, mas aceitaremos qualquer que seja o nome indicado pelo Santo Padre para bispo de Angra. Acredito muito nas capacidades dos açorianos, potenciais candidatos a serem nomeados bispos da diocese”, concluiu José Manuel Bolieiro.
Esta terça-feira, o núncio apostólico está no Faial, onde preside à Missa de renovação das promessas sacerdotais do clero do Pico, do Faial, das Flores e do Corvo, inaugurando uma exposição no Museu de Arte Sacra da Horta.
CB/OC