Viana do Castelo: Bispo convida a «valorizar» celebração da Páscoa, com regresso de tradições

D. João Lavrador escreve às comunidades católicas, evocando nova etapa que se abre após limitações impostas pela pandemia

(imagem de arquivo)

Viana do Castelo, 04 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo enviou uma carta às comunidades católicas para preparar a Páscoa, a primeira que passa na diocese, convidando todos a manifestar “a riqueza desta celebração”, com o regresso de várias tradições.

“A Páscoa atrai muitos familiares amigos e mesmo pessoas que nos visitam. São riquíssimas as nossas tradições culturais e religiosas. Entre elas, está a visita pascal, ou o compasso, que revela a alegria pascal, a comunhão e o acolhimento de todos os que entram nas nossas casas”, precisa D. João Lavrador, na sua mensagem pascal, enviada à Agência ECCLESIA.

Para o responsável católico, a principal celebração do calendário litúrgico da Igreja Católica (17 de abril, em 2022) vem reforçar a necessidade de “laços fortes de convivência, de valores humanistas, de critérios capazes de escolhas certas e consistentes”.

“Permiti-me que lance o convite a todos vós, estimados diocesanos, qualquer que seja a vossa condição, a que não vos resigneis a passar mais uma Páscoa, mas, pelo contrário, a assumirdes uma atitude corajosa de caminhar ao encontro das raízes dos acontecimentos e da Pessoa que lhe estão na origem”, refere.

O bispo recorda a “tragédia” da guerra e o sofrimento provocado pela pandemia, eventos que exigem “iluminação, discernimento e compromisso de todos”.

“Entre todos os sofredores que devem estar muito presentes em cada Páscoa, quero dirigir uma especial saudação ao Povo da Ucrânia, nomeadamente aos refugiados, alguns entre nós, para que recebam as bênçãos do Senhor Ressuscitado”, acrescenta.

D. João Lavrador, que se prepara para viver a primeira Páscoa como responsável pela diocese do Alto Minho, evoca a experiência da pandemia, com as limitações impostas à vida pessoal e comunitária.

“Após estes dois anos de interregno, vamos valorizar estas nossas expressões. Façamo-lo com profundo sentido de alegria pascal e, por isso, também com muita responsabilidade. Como já foi determinado, não haverá o ‘beijar da cruz’, substituindo este gesto pela inclinação reverencial”, indica.

Demos espaço à Palavra de Deus que, em cada casa, juntamente com uma breve oração de ressurreição, nos ajudarão a realçarmos a profundidade do mistério pascal”.

A mensagem sublinha a importância da Páscoa para a cultura europeia e, de modo particular, a portuguesa, alicerçada na tradição judaico-cristã.

“Em tempos a necessitar de aprofundamento das raízes culturais que estão na génese da sua própria evolução, se revista da máxima importância, tanto para a Europa, como para cada país que a compõem, a consciência da importância da celebração da Páscoa”, escreve o bispo de Viana do Castelo.

A mensagem conclui-se com “votos de Santa e Feliz Páscoa em Jesus Cristo Ressuscitado”.

OC

https://agencia.ecclesia.pt/portal/pascoa-igreja-deixa-orientacoes-para-o-compasso-omitindo-beijo-a-cruz/

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Agência ECCLESIA

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