Francisco fala em «campos de concentração» na Líbia, que considera criminosos
Cidade do Vaticano, 03 abr 2022 (Ecclesia) – O Papa pediu hoje uma resposta conjunta da Europa no acolhimento aos migrantes, denunciando o que considerou como “lager’”, campos de concentração na Líbia.
“Há lager, que estão na costa da Líbia, quando as pessoas são mandadas de volta. Parece criminoso, não parece? É por isso que eu acho que é um problema que toca o coração de todos”, disse aos jornalistas que o acompanharam na viagem de regresso a Roma, após uma visita de dois dias a Malta.
A passagem pela ilha do Mediterrâneo concluiu-se esta tarde com uma visita a um centro de acolhimento de migrantes.
“As coisas que ouvi lá são terríveis, o sofrimento dessas pessoas para chegar aqui e depois os lager…”, referiu Francisco.
O Papa desejou que “assim como a Europa está a abrir espaço tão generosamente para os ucranianos que batem à porta”, o faça também “para os outros que vêm do Mediterrâneo”.
“É preciso de um acordo com os países da Europa e nem todos estão dispostos a receber os migrantes. Esquecemo-nos de que a Europa foi feita por migrantes, certo? Mas é assim que as coisas são, mas pelo menos não deixemos todo o peso para esses países vizinhos que são tão generosos, e Malta é um deles”, acrescentou.
O problema dos migrantes é sério – a Grécia, Chipre, Malta, Itália, Espanha são os países mais próximos da África e do Médio Oriente e aterram aqui, chegam aqui, os migrantes devem ser sempre acolhidos”.
OC
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