Fátima: Presidente da República Portuguesa destaca gesto «particularmente importante» pela paz (c/vídeo)

Marcelo Rebelo de Sousa participou no Ato de Consagração, em ligação ao Vaticano, e conversou com enviado do Papa

Fátima, 25 mar 2022 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa disse hoje em Fátima que o na  Ato de Consagração promovido pelo Papa, para rezar pela paz, foi um gesto  “particularmente importante”, num mundo que “mudou”, por causa da guerra na Ucrânia.

“Este apelo à paz é mais importante”, referiu aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa, após evocar gestos semelhantes levados a cabo por outros pontífices.

O chefe de Estado, que acompanhou a cerimónia na Cova da Iria, sublinhou o sinal dado durante a oração do Rosário, quando uma das dezenas foi recitada em ucraniano e russo.

“Deve haver diálogo, a ultrapassagem das armas, o encontro da paz”, sustentou.

O presidente português considerou que o Papa “tem feito tudo o que é possível” para que a paz aconteça, destacando ainda o papel da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa, presentes nos territórios da Rússia e da Ucrânia.

“O diálogo entre todas elas é fundamental e pode facilitar o diálogo entre os políticos”, indicou.

Marcelo Rebelo de Sousa saudou ainda o apoio da sociedade portuguesa à Ucrânia, com um “contributo social muito significativo”.

“Tudo vai no sentido de ultrapassar a situação de guerra e abrir caminhos para a paz”, observou.

O chefe de Estado destacou que a diplomacia intervém “permanentemente”, em vários âmbitos, da parte de Portugal e da Santa Sé, com uma ação que “muitas vezes não é visível, mas é eficaz”, referindo que o Papa “faz os contactos que devem ser feitos”.

O presidente da República conversou com o cardeal Konrad Krejwski, enviado pontifício para a celebração na Capelinha das Aparições, que este sábado regressa à Ucrânia, para manifestar a solidariedade do Papa.

Esta manhã, o cardeal polaco marcou presença no congresso internacional “Mulher, Mãe e Rainha”, que decorre no Santuário de Fátima.

“Cheguei, há uma semana, da Ucrânia. No encontro que tivemos com diversos chefes de religiões e confissões, recordámos que a arma mais sofisticada do mundo é a nossa oração, com a qual conseguimos transportar montanhas, inclusivamente a montanha da guerra”, disse, numa intervenção citada pelo Santuário de Fátima.

“Queremos expulsar estes demónios da guerra, porque o que está a acontecer, debaixo dos nossos olhos, parece uma coisa diabólica, onde, sem piedade e sem qualquer razão, estão a ser mortas crianças e mulheres”, acrescentou.

OC

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Agência ECCLESIA

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