Viagem surge na sequência de um pedido formal do arcebispo e metropolita da Igreja greco-católica de Lviv, D. Ihor Vozniak
Fátima, 14 mar 2022 (Ecclesia) – A Capelinha das Aparições acolheu hoje a celebração de envio da Imagem n.º 13 da Virgem Peregrina de Fátima, para a Ucrânia, em resposta a um pedido do arcebispo metropolita greco-católico de Lviv.
A imagem, que permanecerá durante um mês na Ucrânia, partirá de Lisboa para Cracóvia, na Polónia, onde será acolhida e transportada pela comunidade greco-católica na Ucrânia, refere uma nota divulgada online.
Na celebração de envio, o padre Joaquim Ganhão, diretor do Departamento de Liturgia do Santuário de Fátima, destacou que à “guerra não se responde com a guerra, ao mal não se responde com o mal, ao ódio não se responde com ódio”.
“O Senhor hoje clama aos nossos corações, sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”, disse o capelão, aos peregrinos presentes na Capelinha das Aparições.
“É preciso abrir as portas, e reconhecer que o outro não é nosso inimigo, não é nosso rival, é nosso irmão, com quem temos de contruir história, contruir a paz, e é um trabalho exigente”, acrescentou.
Estamos a braços com uma guerra que nos implica a todos, e aqui neste lugar da Cova da Iria, confiemo-nos à Mãe de Misericórdia e Rainha da Paz, rezemos pelos irmãos que mais sofrem, rezemos pelo fim da guerra na Ucrânia e em todos os lugares, rezemos por tantas vítimas inocentes”.
A Imagem nº 13 é uma réplica da Imagem número 1, desenhada e concebida de acordo com instruções da Serva de Deus, Irmã Lúcia de Jesus e coroada solenemente pelo arcebispo de Évora, em 13 de maio de 1947.
“A Virgem Peregrina que vai ao encontro das comunidades fazendo um eco da mensagem que aqui nos deixou desde a primeira hora, e neste momento presente, sem dúvida que é muito significativa esta partida para a Ucrânia, como mensageira da Paz, como mãe que convida os filhos à paz”, disse o sacerdote à comunicação social, no final da celebração.
O Santuário de Fátima vai receber 35 refugiados da Ucrânia, “na sua esmagadora maioria mulheres e crianças”, a pedido da Câmara Municipal de Ourém e da Comunidade Greco-Católica portuguesa, cujos assistentes espirituais, nomeadamente os monges basilianos, residem e colaboram na Cova da Iria.
“Ao apoio para o alojamento temporário nas instalações do Santuário, a instituição irá desenvolver esforços, em articulação com as autoridades locais, no sentido do melhor encaminhamento destas famílias para situações mais estáveis de permanência no país, nomeadamente, ajudando no acesso a documentação, escolaridade, saúde e emprego”, informa uma nota divulgada online e enviada à Agência ECCLESIA.
Este acolhimento “será apenas temporário”, acrescenta o comunicado.
OC