Ucrânia: D. João Lavrador pede «sentido de fraternidade» e «coração aberto» para acolher quem chegar

Bispo de Viana do Castelo presidiu a vigília de oração

Foto: Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo, 03 mar 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo pediu esta quarta-feira que as pessoas encontrem o “sentido da fraternidade”, a “verdadeira paz e a concórdia” e pediu a capacidade de acolhimento para os cidadãos ucranianos que deixam o seu país.

“Vamos ter um coração aberto a todos, vamos acolher. Dentro de alguns dias teremos entre nós alguns que virão. Todos nós imaginamos a dor e o sofrimento do que é deixar uns, uma parte da família a lutar, e a outra parte a despedir-se. Já vimos essas imagens, e a ter de ir para outra terra”, lembrou D. João Lavrador durante a vigília de oração pela paz que ontem decorreu na igreja de Nossa Senhora da Agonia, em Viana no Castelo.

O responsável pediu aos presentes que não cessassem de “rezar” para que “o mal se extinguisse e pela conversão do coração” para que se possa alcançar “a comunhão, o amor, a fraternidade”.

“Somos irmãos. Esta guerra é feita entre irmãos, não entre pessoas alheias, mas a mesma humanidade, como nos recorda o Papa Francisco”, assinalou.

D. João Lavrador lembrou “os irmãos que sofrem neste momento”, por tantos “que vagueiam por países estrangeiros para deixar a sua pátria, a Ucrânia” e falou da importância de as crianças rezarem pelas crianças.

“Vamos continuar em oração, implorando ao Senhor que ele olhe com bondade e misericórdia, com ternura para todo o mundo, que está numa hora de grande ameaça, de grande perigo, pela ganância, pelo poder, pelo mal que afeta o mundo e as pessoas”, afirmou.

“Vamos continuar a avivar a luz dos nossos caminhos, a luz do caminho das nações, a luz da paz. Que as bênçãos de Deus se entendam à nossa cidade, ao nosso país, à Europa e aos que nesta altura mais precisam”, finalizou.

Já na celebração da Quarta-feira de Cinzas, na Catedral de Viana do Castelo, D. João Lavrador apelou a um reforço de oração pelo povo ucraniano, anunciando que a Caritas Diocesana vai inaugurar uma plataforma que visa estabelecer apoio económicos os refugiados motivados pelo conflito.

A Rússia invadiua Ucrânia, no dia 24 de fevereiro,  alegando a necessidade de proteger os habitantes das províncias separatistas ucranianas, que reconheceu como independentes.

A ONU, NATO, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, entre outros, condenaram a decisão russa.

As Nações Unidas estimam que cerca de 2% da população ucraniana tenha deixado o país, desde o início do conflito e indicam que o número de refugiados vai aumentar, podendo mesmo atingir quatro milhões.

LS

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Agência ECCLESIA

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