Igreja/Sociedade: Monjas Beneditinas de Roriz convidam a rezar pela paz entre a Rússia e a Ucrânia

«Acredito que todos juntos a oração tem mais força do que uma pessoa sozinha» – irmã Maria do Carmo Tovar

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Santo Tirso, 14 fev 2022 (Ecclesia) – As monjas Beneditinas do Mosteiro de Santa Escolástica, em Roriz (Santo Tirso), na Diocese do Porto, convidam hoje a uma oração conjunta pela paz no mundo, em particular “entre a Rússia e a Ucrânia”.

“Lembramo-nos como hoje é o dia de São Cirilo e São Metódio, que são padroeiros da Europa, foram evangelizadores de povos eslavos, que devíamos intensificar a oração pela paz, pela Rússia e a Ucrânia que preocupa toda a gente”, disse a prioresa do mosteiro Beneditino, em declarações à Agência ECCLESIA.

A irmã Maria do Carmo Tovar explica que fizeram esta proposta de oração pela paz a outras pessoas e mosteiros, de Espanha, da Bélgica, do Congo, porque “quanto mais gente rezar pela mesma causa, ao mesmo tempo, melhor”.

Segundo a religiosa de clausura, o convite para rezar foi enviado este domingo, por email, e receberam resposta de muita gente que se está a associar a esta iniciativa, que disse que era “uma boa ideia”.

“Acredito que todos juntos a oração tem mais força do que uma pessoa sozinha e cada uma para seu lado. A nossa união faz a oração circular e se houvesse mais gente envolvida a rezar, e a rezar em conjunto, as coisas melhorariam no mundo. É evidente que a gente também tem de começar pela paz dentro de nós”, desenvolveu.

A prioresa do mosteiro de Santa Escolástica realça que esta oração pela paz na Ucrânia e Rússia não é para ser apenas hoje, e lembra que as monjas rezam “sempre pela paz”.

“As forças do poder sobem à cabeça das pessoas e cada pessoa quer valer mais do que o outro e depois destroem tudo”, acrescentou

A irmã Maria do Carmo Tovar explica que no convento de clausura têm acompanhado esta ameaça à paz pelos meios de comunicação, por notícias pela internet, e pelo padre Ivan Hudz, sacerdote ucraniano que acompanha a comunidade Greco-Católica Ucraniana na Arquidiocese de Évora e na Diocese de Beja e é “amigo” das religiosas.

“São temas muito sofridos. O nosso papel é rezar e temos de estar atentas ao mundo”, salientou, lembrando que muitos mosteiros já estão a rezar pela paz.

“Toda a gente que reza é mais uma vela que se acende na escuridão do mundo. Temos que meter na cabeça que temos de trabalhar pela paz, não só lá fora, mas cá dentro também”, acrescentou a prioresa do Mosteiro de Santa Escolástica de Roriz.

A irmã Maria do Carmo Tovar lembrou ainda que, recentemente, o Papa disse que “a guerra não constrói, destrói sempre”, no programa de televisão ‘Che tempo che fa’, da Rai3, na Itália.

O Papa Francisco que tem feito diversos apelos à paz, e já convocou uma jornada de oração pela paz no leste da Europa, também fez memória dos padroeiros da Europa, que viveram no século IX, com incentivo à fraternidade, na sua conta na rede social Twitter.

“Que os santos irmãos Cirilo e Metódio, testemunhas de um cristianismo ainda unido e inflamado pelo ardor do anúncio, nos ajudem a continuar o caminho cultivando entre nós a comunhão fraterna no nome de Jesus”, escreveu na conta @Pontifex_pt.

CB

 

Vaticano: «As notícias que chegam da Ucrânia são muito preocupantes» – Papa Francisco

Partilhar:
Scroll to Top
Agência ECCLESIA

GRÁTIS
BAIXAR