25 de Abril: Centro de Estudos de História Religiosa procura novo olhar, 50 anos depois

Instituição da Universidade Católica Portuguesa lançou projeto de investigação, que vai decorrer até 2026

Lisboa, 27 jan 2022 (Ecclesia) – O Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica Portuguesa (UCP) apresentou hoje um projeto de investigação sobre o 25 de Abril, que vai decorrer até 2026, procurando novas abordagens sobre o tema.

“É uma história que pretende ir para além do que poderíamos chamar um revisionismo histórico”, referiu António Matos Ferreira, coordenador do projeto, na sessão de apresentação que decorreu esta tarde, em Lisboa, acompanhada pela Agência ECCLESIA.

O projeto ‘25 de Abril: permanências, ruturas e recomposições’ vai abordar, ao longo de 2022, o tema ‘Cidadania, democracia e reformismo’.

Matos Ferreira destacou o trabalho que já vem sendo desenvolvido pelo CEHR sobre o tema da ‘Religião e Cidadania’, agora centrado na transição democrática em Portugal.

O especialista assumiu a intenção de promover um balanço historiográfico que ajude a um “conhecimento mais aprofundado e mais crítico, quer sobre o que se produziu, quer sobre o que se pode produzir”.

O historiador apontou vários aspetos que a investigação pode considerar, sublinhando, contudo, que “o projeto não pretende estar fechado”.

O projeto prevê vários grupos de trabalho, publicações e encontros públicos, com seminários mensais.

O CEHR propõe-se “estudar o processo societário e mental, ocorrido entre 1968 e 1976 e marcado por mutações internas e externas, correntemente denominado como sendo o ‘da primavera marcelista à democratização’”.

Além do coordenador, a equipa responsável integra os historiadores Nuno Estêvão Ferreira, Rita Mendonça Leite, Luís Leal, Tiago Pires Marques e Pedro Lourenço Feliciano.

Os responsáveis assinalaram ainda a intenção de colaborar, no plano académico, com a comissão das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Rita Mendonça Leite, investigadora e membro da Direção do CEHR, apontou a um trabalho historiográfico que vise “novas perspetivas de análise crítica”.

OC

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Agência ECCLESIA

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