Conversas na Ecclesia: A 1300 km da capital angolana «foi difícil aceitar o início da pandemia» (c/vídeo)

Padre David Mieiro, Sacerdote do Coração de Jesus, revela a sua missão em Angola

Lisboa, 06 out 2021 (Ecclesia) –  O Padre David Mieiro, sacerdote do Coração de Jesus, está em missão em Angola, e contou à Agência ECCLESIA como aceitou este “desafio” e em tempo de pandemia, inicialmente “difícil de aceitar”. 

“Aceitei com muita satisfação, primeiro não era um destino desconhecido, porque eu já tinha estado nos últimos anos com projetos de voluntariado desde 2016, também ja tinha feito o estágio de vida religiosa dois anos lá, nessa missão, também por isso recebi com muita surpresa mas, ao mesmo tempo, também com sentido de missão num sítio que já fazia parte da minha experiência”, contou o religioso à Agência ECCLESIA.

O Padre David Mieiro, explicou que a sua missão, em Luau, fica a 1300 km de Luanda, capital angolana, “recebeu-a como um desafio da província” e, poucos meses depois de ter chegado, ouviu falar da pandemia. 

“Cheguei em dezembro 2019, quando cheguei estava tranquilo mas, no início de março, já tínhamos arrancado as aulas, porque temos uma escola também na missão, e um mês depois fechou tudo”, recorda.

O sacerdote partilha que “primeiro foi difícil de aceitar” porque estando tão longe da capital, “onde aconteceram os primeiros casos”, “não se vê a realidade”.

“Isolaram a capital do resto do país de modo que era só com muitas autorizações que se podia circular e acontece que nós não vimos nada e só ouvimos instrução do governo de que não se pode fazer isto, não há a celebrações, toda a gente em casa”, conta.

Conhecendo a realidade da missão o padre David Mieiro foi tentando “manter” alguns serviços essenciais ao povo angolano. 

“Por exemplo a distribuição da água, fundamental, e agora ainda mais importante, o governo fez questão de colocar motas com reservas de água para distribuir e aqueles que já o faziam, tal como nós na missão, pediram para nós não deixarmos de fazer esse trabalho; depois manter também alguns outros serviços, por exemplo nós temos uma pequena moagem, e sabemos que a mandioca é a base essencial da alimentação, fazia sentido a moagem continuar”, partilha.

O sacerdote dehoniano, há dois anos em Angola, assumiu no ano passado a paróquia de Santa Teresinha, “paróquias muito grandes”, assemelhando-se “geograficamente ao distrito de Coimbra” e que requer fazer distâncias muito grandes para estar com as populações, ainda mais nesta fase de pandemia torna-se “um desafio grande o de tentar aproximar”.  

As «Conversas na ECCLESIA» desta semana trazem experiências missionárias que pode acompanhar online de segunda a sexta-feira, pelas 17h00.

SN 

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