Sensibilização contra armas ilegais não vai parar

Termina hoje a campanha para a entrega livre de armas, promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz em parceria com o Ministério de Administração Interna. Lançada em Outubro, visava para além do esclarecimento sobre a posse ilegal das armas, em especial junto de grupos alvo, considerados mais problemáticos, a sua entrega voluntária. “É muito difícil aferir se a mensagem que pretendíamos fazer passar para a população de facto assim se concretizou”, assegura Manuela Silva presidente da CNJP. Foram efectuadas um conjunto de acções nomeadamente distribuição de folhetos, de cartazes por isso “acreditamos que alguma informação passou e que algumas sensibilidades terão mudado”, explica à Agência ECCLESIA, Manuela Silva, que acrescenta demorar um certo tempo “estas campanhas darem frutos efectivos. Mas houve bastante informação e este tempo foi positivo”, aspecto visível no número de armas entregues – cerca de 1300. “Os frutos se farão sentir também na consciência das pessoas, que ficarão mais alertadas para a responsabilidade de legalizar armas que estão na sua posse”. Posteriormente ao término da campanha, se dará a actuação das forças policiais “que continuará a sua actuação, uma vez que a lei prevê que as forças policiais tenham meios para coercivamente recolher as armas”, recorda Manuela Silva, apontando sanções de oito anos de prisão para quem for encontrado na posse de armas ilegais. A presidente da CNJP aponta para um problema sério na sociedade portuguesa “que merece ser acompanhado com atenção e empenho”. Por isso a CNJP através do Observatório sobre a produção, o comércio e a proliferação de armas, vai continuar o seu empenho nesta matéria. Espera-se nos próximos dias o lançamento de um site, onde se disponibiliza informação e onde “vamos procurar ir ao encontro das pessoas para o esclarecimento”, dando continuidade a acções junto das forças políticas e governativas, de forma a que esta questão não seja relegada no esquecimento, como acontece com “algumas leis muito importantes e de largo alcance mas que não têm tradução em termos concretos”, concluiu Manuela Silva.

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