Cidadania ativa

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz em vésperas das eleições para as autarquias locais

Em vésperas de eleições para as autarquias locais, a Comissão Nacional Justiça e Paz vem apelar à participação consciente de todos os cidadãos nessas eleições.

Recorda, antes de mais, as palavras do Papa Francisco na encíclica Fratelli tutti (n. 180): «Convido uma vez mais a revalorizar a política, que é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum».

É verdade que o exercício da atividade política muitas vezes se distancia deste modelo de serviço ao bem comum para que apontam o Papa Francisco e os Papas seus antecessores, e que isso contribui para o desinteresse e o ceticismo em relação à política da parte de muitas pessoas.

A omissão de participação, a qualquer nível, é uma demissão do exercício da cidadania, não ajuda a alterar esse estado de coisas. É sempre possível fazer algo para o alterar, para além da crítica inconsequente. O voto informado e consciente é o primeiro passo nesse sentido. A ele se devem seguir outros, de responsabilização dos eleitos e sempre numa linha de exercício de uma cidadania ativa.

O poder local é o que mais próximo está das pessoas e dos problemas concretos que marcam o seu quotidiano. Verificámos isso mesmo na experiência recente da pandemia, em que o cuidado e a proximidade se revelaram essenciais para atenuar o sofrimento de muitos e em que as autarquias locais foram instrumento fundamental na concretização do programa nacional de vacinação . Também por isso, assumem particular relevância estas eleições. E é também junto das autarquias locais que mais direta e facilmente pode ser exercida a cidadania ativa: através de iniciativas, propostas e críticas construtivas, sempre em prol do bem comum.

Apelamos, assim, ao voto consciente e ao exercício da cidadania ativa.

Lisboa, 20 de setembro de 2021

A Comissão Nacional Justiça e Paz

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Agência ECCLESIA

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