Forças Armadas: D. Rui Valério quer unidades a pensar no pós-pandemia, na JMJ e a fomentar a sinodalidade

«Ou a Igreja sabe oferecer verdadeiro alimento ou a sociedade intensifica elevados níveis de consumo», adverte bispo do Ordinariato Castrense na apresentação do Plano pastoral 2021-2022

Lisboa, 20 set 2021 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e se Segurança apresentou o plano pastoral para a diocese, assente na “progressiva saída da pandemia”, na “preparação da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023” e no Sínodos dos Bispos 2023.

No plano pastoral, enviado à Agência ECCLESIA, D. Rui Valério indica que a pandemia mostrou a necessidade que o homem tem de buscar o “infinito, “um desejo de amor, uma necessidade de luz e de verdade, que o impele rumo ao Absoluto” e que, dessa forma, a Igreja deve procurar responder a essa procura.

“Esse desejo e essa fome constituem um desafio para a Igreja, porque ou ela sabe indicar e oferecer onde está a verdadeira fonte de água-viva e o verdadeiro alimento, ou então a sociedade intensifica ainda mais os seus já elevados níveis de consumo”, explica, sendo que, acrescenta, “o alimento que sacia a fome da humanidade e que responde ao seu desejo profundo é o próprio Cristo. Ninguém mais”.

O plano das Forças Armadas e de Segurança, com o tema «Levanta-te e come, pois longo é o caminho», indica a JMJ Lisboa 2023 como uma “oportunidade pastoral, uma bênção para a evangelização, sobretudo, dos jovens”, e nesse sentido o bispo responsável apela à “divulgação, dinamização” e “realização de iniciativas de formação sobre o sínodo dos jovens e o significado teológico e pastoral da JMJ”.

A partir do lema mariano, que conduz as JMJ Lisboa 2023, «Maria levantou-se e partiu apressadamente», D. Rui Valério pede que se promova a “unidade, a cultura de presença e o encontro”, indica também que o capelão militar deverá ter “tempo e disponibilidade para conhecer cada caso e procurar responder a cada situação” de quem necessita de auxílio, e propõe ainda aos jovens, uma “«saída» missionária – como a Missão-País ou outras formas já estabelecidas”.

O bispo das Forças Armadas sublinha que “toda a comunidade diocesana está convocada para a JMJ Lisboa 2023” e acrescenta que irá ser organizada “uma caderneta de participação do caminho preparatório” das jornadas.

A partir do Sínodo dos Bispos, convocado para 2023, cuja preparação tem início em outubro, D. Rui Valério quer “fomentar formas de sinodalidade de modo a tornar-se um estilo”, pedindo que cada unidade proceda à “criação do conselho pastoral” e que crie igualmente “um comité local preparatório das JMJ que acolha e proponha as iniciativas e os documentos provenientes da Comissão Organizadora Nacional, sob a coordenação do capelão”.

O responsável pelo Ordinariato Castrense pede ainda que a formação espiritual seja cuidada, através da “Eucaristia semanal nas unidades” e “adoração eucarística periodicamente”.

D. Rui Valério sugere que sejam realizadas “caminhadas da fé e peregrinações” que possam aliar a cultura ao “itinerário de cariz espiritual”.

LS

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