«É interessante perceber o entusiasmo e a vontade com que os alunos voltam para o campus» – Nelson Ribeiro
Lisboa, 17 set 2021 (Ecclesia) – O diretor da Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade Católica Portuguesa (UCP), afirma que estão a iniciar o ano letivo 2021/2022 com “perspetivas muito mais otimistas” e destaca “o entusiasmo e a vontade” dos alunos no regresso ao campus.
“É interessante perceber o entusiasmo e a vontade com que os alunos voltam para o campus, os alunos querem estar fisicamente com os professores, querem estar com os colegas, querem estar nas aulas”, disse Nelson Ribeiro em declarações à Agência ECCLESIA.
O diretor da Faculdade de Ciências Humanas (UCP) explica que estão a começar o ano letivo com “perspetivas muito mais otimistas” do que há um ano, “a situação da pandemia tem evoluído” de forma que conseguem “estar no campus com outra tranquilidade”.
Neste contexto, recorda que tinham aulas presenciais e que “tudo sempre” correu bem mas havia muita ansiedade, “nomeadamente nos alunos, que este ano é muito menor”.
Nelson Ribeiro recorda que no ano passado, no contexto da pandemia Covid-19, debateu-se muito sobre “até que ponto o ensino online pode ser um substituto igual às aulas presenciais” e destaca que “parece evidente” que esta dimensão relacional “não só é desejada pelos alunos” como é “fundamental” no processo de aprendizagem.
“Aprendemos através do debate, da discussão, do trabalho em grupo, da pergunta, do feedback que os alunos dão aos professores”, acrescentou.
Nelson Ribeiro, especialista em comunicação, media e jornalismo, vai fazer a conferência de encerramento – a partir da frase do Papa Francisco ‘Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são’ – nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social 2021, promovidas pela Igreja Católica em Portugal com o tema ‘Zoom in/Zoom out. Confinamentos e comunicação’, nos dias 23 e 24 de setembro.
‘Media e Jornalismo’ é uma das variantes da Licenciatura em Comunicação Social e Cultural da Faculdade de Ciências Humanas e, no contexto do ensino da comunicação antes e depois da pandemia, o diretor da instituição de ensino salienta que esta área, “por excelência, está em permanente transformação”.
“É evidente que formar profissionais de comunicação implica uma atualização permanente e estarmos atentos em todo o momento aos vários e novos desafios que vão surgindo; No essencial mantemos os nossos princípios da formação que queremos dar aos alunos mas há novos fenómenos para os quais os temos de despertar necessariamente”, acrescentou.
Segundo Nelson Ribeiro, têm de saber “distinguir bem” entre o que são competências que “formam para o futuro” e ajudam os alunos a desenvolver um “pensamento reflexivo, um espírito crítico, capacidade de análise da realidade”, porque se oferecerem apenas “competências técnicas do momento, não vai ajudar muito na sua carreira”.
“Mais importante para nós é ir atualizando a nossa reflexão: Quando falamos sobre as dimensões éticas da comunicação os novos fenómenos de desinformação tem que nos levar a atualizar a forma como olhamos para esse fenómeno e as questões éticas que se levantam e que os nossos alunos têm que saber responder”, desenvolveu o diretor da Faculdade de Ciências Humanas.
CB