Responsável Nacional do Movimento conta que tiveram todos os cuidados de saúde e se sentia uma «animação extra»
Lisboa, 03 ago 2021 (Ecclesia) – As Equipas Jovens de Nossa Senhora (EJNS) levaram uma centena de peregrinos até Santiago de Compostela, com todos os cuidados de saúde e uma “animação extra” pela iniciativa ao ar livre em tempo de pandemia.
“Já costumamos fazer esta peregrinação, de quatro em quatro anos, no ano passado não foi possível, então desde fevereiro que andamos a pensar nestes dias, com uma equipa de três chefes a organizar toda a logística, nomeadamente na questão dos albergues, porque muitos não estavam a aceitar peregrinos e tivemos de ser criativos e ficar em pavilhões e igrejas paroquiais”, disse à Agência Ecclesia Matilde Raposo, responsável nacional das ENJS.
O grupo de 100 participantes, formado por jovens, três padres e quatro seminaristas, partiram de Porriño, já em Espanha, em direção a Santiago de Compostela, num total de 90 km, que percorreram de 23 a 28 de julho.
Foi uma loucura, tínhamos um programa de segurança, como sou enfermeira até fui eu que preparei, tínhamos grupos de 10 pessoas, funcionámos sempre nesse grupo, em momentos em que estávamos todos, usávamos a máscara, fomos todos testados antes e no fim da peregrinação e correu tudo bem, todos negativos”.
Com o tema “Quem é este Homem?”, do Evangelho de São Marcos, os peregrinos oriundos de várias zonas do país, Lisboa, Cascais, Porto, Évora, Santarém, Torres Vedras, Aveiro e Beja, foram convidados a descobrir os caminhos da vida e a renovar a fé.
“Foi uma maravilha, estávamos com tanta vontade a viver a espiritualidade e a festejar, havia imensa vontade de fazer barulho, às tantas toda a gente cantava, saltava e dançava, parece que havia uma animação extra, nunca tinha visto noites tão animadas, nas peregrinações toda a gente quer ir dormir e ali não, todas as noites foram tema de festa”, partilha Matilde Raposo.
Avistar e entrar na praça do Obradoiro, junto à Catedral de Santiago de Compostela, “foi um momento único”, em que muitos dos “jovens de camisolas amarelas” era a primeira vez que ali chegavam.
“Foi muito especial, as pessoas ficavam admiradas quando nos viam passar, foi giro entrar na praça, fizemos uma roda junto à entrada principal da catedral e cantámos o hino das Equipas, as pessoas olhavam-nos com imensa emoção, havia pessoas que nos batiam palmas porque se sente que havia saudade de ver peregrinos, acredito”, assume.
Os peregrinos, com idades entre os 15 aos 30 anos, sentiram esta peregrinação como “momento alto” da sua fé, em tempo de pandemia, e, para a responsável nacional, “foi importante poder se entrosar com os jovens, pegar numa viola e tocar e cantar com eles”, confirmando que fazem “todos o mesmo caminho”.
SN