Ordinariado Castrense: «Portugal precisa muito do valor, da mais-valia que os Fuzileiros têm para dar e oferecer» – Bispo das Forças Armadas

D. Rui Valério presidiu à Missa dos 400 anos das forças especiais da Marinha Portuguesa

Barreiro, 19 abr 2021 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu este domingo à Missa pelos 400 anos dos Fuzileiros, afirmando que “Portugal precisa muito do valor” destas forças especiais da Marinha.

“Preservai no espírito de bem servir e conservai-o intacto para que, em momentos de crise, como o que atravessamos atualmente, quando às crises pandémica, social e económica se veio juntar também uma dramática crise cultural e civilizacional, nos voltemos para vós, Fuzileiros, e encontremos quem defenda e promova a paz, a verdade, a justiça e o bem de Portugal e dos portugueses com a dádiva da própria vida”, disse D. Rui Valério, na Escola de Fuzileiros em Vale de Zebro, no Barreiro (Diocese de Setúbal).

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança pediu aos Fuzileiros para manterem “acesa a chama da prontidão e da disponibilidade”, para ir onde é preciso.

“O vosso hino é um roteiro que nos conduz a terras longínquas, muitas delas hoje a necessitar de paz, de humanidade, de quem sirva o povo pobre e humilde”, assinalou.

D. Rui Valério evocou 400 anos de ação com “facetas diversas”, que nos últimos anos levaram estas forças especiais “a combater os temidos inimigos de Portugal, do seu território e da vida dos cidadãos: os incêndios e a pandemia”.

“Reconheçamos, com gratidão, os sinais de dedicação e sacrifício a Portugal que os Fuzileiros nos mostram”, apontou.

Na Eucaristia, que contou com uma homenagem aos mortos em defesa da pátria, o responsável católico apresentou uma reflexão sobre “o realismo da verdade”.

“Hoje, uma das debilidades mais marcantes da nossa sociedade, tanto culturais como éticas, reside na falta de fortaleza para encarar o realismo da verdade. Porque a verdade e a realidade são, por vezes, demasiado fortes, pesadas mesmo que nos questionam e, não raro, surgem dolorosas. Perante elas, age-se com o recurso à pós verdade, à ficção, à cultura do escamoteamento”, acrescentou o bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança de Portugal.

O Corpo de Fuzileiros é a força militar permanente mais antiga em Portugal e teve origem através da criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, no dia 18 de abril de 1621.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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