Bispo diocesano presidiu à «Paixão do Senhor» na igreja da Sé Nova
Coimbra, 02 abr 2021 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra pediu hoje à diocese que acompanhem as pessoas que “sofrem e morrem” na homilia da Paixão do Senhor, onde refletiu sobre as expressões da “sede” e da “verdade” de Jesus no Evangelho.
“Acompanhemos os que hoje sofrem e morrem, ai busquemos a única verdade que salva e tem um nome, o nome de Jesus Cristo e o nome de cada um por quem sentiu sede e por quem continua a clamar ‘meu Deus, meu Deus porque me abandonaste’”, disse D. Virgílio Antunes, na igreja da Sé Nova – Catedral de Coimbra.
Na celebração da Paixão do Senhor, transmitida online, o bispo de Coimbra convidou a assembleia a fixar nas palavras do Evangelho “tenho sede” e “para isso nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade”.
O responsável católico explicou que a sede de Jesus “é real” e é uma metáfora recorrente na Sagrada Escritura que aponta para “um mundo muito vasto de ideias, anseios, desejos, esperanças, sonhos, que povoam o coração de a mente de cada pessoa”.
“Todos temos sede de mais e melhor, de amor, de bondade, de justiça, de felicidade, de comunhão, de amizade, a sede que temos é também sede de Deus”, acrescentou.
Sobre a segunda palavra de Jesus, ouvida no Evangelho de Sexta-feira Santa, D. Virgílio Antunes afirma que a “sede maior é a da verdade” e todos os homens e mulheres de boa vontade “procuram a verdade e querem encontra-la ou aproximar-se dela”.
“Jesus ensina-nos o caminho, por meio da fidelidade, que é mais do que o raciocínio ou discurso feito de palavras. Não se encontra a verdade sem o compromisso da vida na sua procura, sem se dar a vida por amor e no serviço aos outros”, explicou.
D. Virgílio Antunes acrescentou que se aprende essa lição quando unem “a fidelidade a Deus à fidelidade aos irmãos”, na atenção, no cuidado, no compromisso, “em favor da sua felicidade”.
“Manifestamos que somos homens e mulheres de boa vontade quando passamos das palavras fáceis às ações dolorosas e sofridas num compromisso que contribua para abrir vias de salvação”, referiu.
A Igreja Católica evoca hoje, Sexta-feira Santa, a morte de Jesus, num dia de jejum para os fiéis, que não celebram a Missa, mas uma cerimónia com a apresentação e adoração da cruz.
CB