«Um padre quando reza, estuda, contempla, trabalha e sacrifica a sua vida em favor da paróquia, celebra a Páscoa», afirmou
Viseu, 01 abr 2021 (Ecclesia) – D. António Luciano afirmou hoje que a “vida espiritual e fraterna”, será um “alicerce” para pertencer “verdadeiramente livre a Cristo” e convidou os padres a resistir “às tentações” que colocam “em risco a fecundidade do ministério sacerdotal”.
“O escasso tempo para acolher e escutar os outros, assim como a desculpa generalizada de que temos muito trabalho, podem ser, por vezes, sinais reveladores de uma vida espiritual pobre, sem Espírito, sem autenticidade, e de pouca organização nas prioridades”, alertou o bispo de Viseu, esta manhã, na homilia da celebração da Missa Crismal.
D. António Luciano advertiu para a necessária “escuta da Palavra de Deus, a oração assídua, o discernimento evangélico”, como “fundamentais para transformar a negatividade da vida em vida espiritual e pastoral fecunda” e pediu também “serviço e partilha dos bens nas dificuldades, nas incompreensões e nas provações”.
“Um padre quando reza, estuda, contempla, trabalha e sacrifica a sua vida em favor da paróquia, celebra a Páscoa”, sublinhou.
Aos sacerdotes, o responsável lembrou que as crises não são só para os outros e que também elas “atingem os padres”, afirmando que “perante o cansaço” se deve “saber parar e procurar a Deus”.
Acredita D. António Luciano que vivendo “a missão em caminho de santidade”, o padre será “semente fecunda de novas vocações sacerdotais”.
“Tenhamos presente que uma paróquia, sem um jovem a sonhar com a vocação ao serviço da Igreja, é pobre. E isso afeta o seu futuro e sustentabilidade”, sublinhou.
“Em nome da pastoral juvenil e das vocações da diocese, apelo a que olhemos para Jornada Mundial da Juventude como uma oportunidade de evangelização dos jovens e de os desafiar ao bom acolhimento da pastoral vocacional e familiar, valorizando todos o Ano «Família Amoris Laetitia»”.
D. António Luciano reconheceu “tempos difíceis e complexos” e que neste contexto se torna mais necessária a confiança nas palavras de Jesus: «Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos enviei, para que vades e deis muito fruto».
“A generosidade do «Sim, quero»”, pronunciado hoje como no dia da ordenação, faz da nossa entrega um compromisso na consagração, para ser vivido na fidelidade à missão sacerdotal. Postos à prova em tempo de pandemia, de confinamento e constrangimentos, vamos renovar as promessas sacerdotais, dizendo: «Sim quero, com ajuda de Deus»”, destacou.
LS