Câmara Municipal e Associação Hagadá assinaram hoje um protocolo para o arranque do projeto «Tikvá – Museu Judaico Lisboa»
Lisboa, 31 mar 2021 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Associação Hagadá celebraram hoje um protocolo que assinala o “arranque do projeto Tikvá – Museu Judaico Lisboa”.
“Intitulado de ‘Tikvá’, que significa ‘esperança’ em hebraico, o Museu vai situar-se em Belém, com uma área de construção bruta de 3.869m2”, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
O protocolo entre CML e a Associação Hagadá foi celebrado no Dia Nacional da Memória das Vítimas da Inquisição, 200 anos após as Cortes Gerais e Constituintes da Nação Portuguesa aprovarem a abolição da Inquisição.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa considera que o Museu Judaico de Lisboa assinala o “contributo da comunidade judaica para a formação histórica de Lisboa” e divulga as “expressões culturais presentes na cidade”.
“Conhecer e divulgar expressões culturais presentes na cidade como parte essencial da coesão social, baseada no respeito civilizacional e na diversidade cultural e religiosa, constituiu um intento que a CML já vinha perseguindo, o de dotar Lisboa com um Museu Judaico. Agora começa a tomar forma”, refere Fernando Medica citado no comunicado enviado à Agência ECCLESIA
Esther Mucznik, Presidente da Associação Hagadá, considera que a “celebração deste protocolo de colaboração com a CML é um passo decisivo para a construção do Tikvá – Museu Judaico de Lisboa”.
“O museu contará uma história única de quase dois mil anos de longevidade e pluralidade de culturas que conferem ao judaísmo português um carácter peculiar e muito rico. É esta história e esta memória que o museu com o seu projeto arrojado e inovador, dará a conhecer ao público nacional e estrangeiro”, acrescentou Esther Mucznik.
O arquiteto Daniel Libeskind, que desenhou os museus judaicos de Berlim, São Francisco e Copenhaga, bem como os memoriais do Holocausto nos Países Baixos, no Canadá e nos Estados Unidos e o World Trade Center master plan em Nova Iorque é o responsável pelo desenvolvimento do projeto, em colaboração com o arquiteto Miguel Saraiva.
“O Tikvá – Museu Judaico Lisboa vai retratar a história da presença judaica no território que é hoje Portugal, nomeadamente em Lisboa, partilhando o contributo dos judeus e mostrando que a história e a herança judaica são parte indissolúvel da História do país, pretendendo preservar e divulgar a memória e a vivência judaica e valorizando as diferenças culturais, promovendo, assim, a integração inter-religiosa”, acrescenta o comunicado.
PR