Igreja acompanha situação das Casas do Gaiato

A Igreja Católica em Portugal acompanha a situação nas Casas do Gaiato através dos Bispos das quatro dioceses em que estão inseridas as Obras. D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, manifestou à Agência ECCLESIA total confiança na capacidade dos prelados de Coimbra, Lisboa, Porto e Setúbal resolverem “da melhor maneira” qualquer questão que possa surgir nesta matéria. “São esses os quatro Bispos que têm a instituição na sua Diocese. Quanto à Conferência Episcopal, nesta altura segue os acontecimentos, mas não tem de intervir”, esclarece o Arcebispo de Braga, que não deixou de manifestar a sua preocupação pessoal com tudo o que diga respeito à vida da Igreja. A Obra da Rua é uma instituição civil, que não tem personalidade canónica, não tendo qualquer vínculo institucional à Igreja. A única tutela é a de cada Bispo sobre os padres da sua diocese, individualmente considerados. As mudanças na gestão da Obra do Padre Américo já se começaram a fazer sentir, nos últimos tempos: a 16 de Maio, a Casa do Gaiato do Tojal (Loures), na área do Patriarcado, a direcção foi assumida pela Diocese lisboeta, com a nomeação de uma nova equipa, mantendo a pedagogia e os métodos do padre Américo. D. José Policarpo escreveu uma carta aos párocos para explicar esta situação, que justifica com “circunstâncias várias, onde sobressai a falta de Padres da Obra da Rua”. Em Março deste ano, a Casa do Gaiato, em Coimbra, deu posse ao primeiro conselho pedagógico-social para acompanhamento dos jovens, constituído, entre outros, pelo próprio director, o psicólogo e professores das casas, representantes dos jovens e ainda por duas personalidades exteriores à instituição de acolhimento, mas com ligação à Igreja. As Casas do Gaiato nasceram da necessidade sentida pelo Padre Américo Monteiro de Aguiar, visitador dos pobres e dos bairros degradados. A finalidade de cada Casa do Gaiato é acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens que, por qualquer motivo, se viram privados de meio familiar normal.

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