Francisco pede que Igreja Católica esteja na linha da frente, junto da população
Cidade do Vaticano, 09 ago 2020 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje no Vaticano a uma “ajuda generosa” ao Líbano, por parte da comunidade internacional, depois das explosões da última terça-feira no porto de Beirute.
“A catástrofe da última terça-feira pede que todos, a começar pelos libaneses, colaborem pelo bem comum deste amado país”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração dominical do ângelus.
Entre os participantes, na Praça de São Pedro, havia um grupo de pessoas acompanhado por uma bandeira libanesa, que Francisco saudou.
“O Líbano tem uma identidade peculiar, fruto do encontro de várias culturas, que se afirmou no tempo como modelo da vivência em comum. Certamente, esta convivência é agora muito frágil, sabemos disso, mas rezo para que, com a ajuda de Deus e a participação leal de todos, possa renascer livre e forte”, declarou o Papa.
Francisco sublinhou depois a necessidade de uma Igreja “próxima do povo, no seu clavário”, saudando o trabalho feito por organizações católicas, “com solidariedade e compaixão, com o coração e as mãos abertas à partilha”.
“Por favor, peço aos bispos, aos sacerdotes e religiosos do Líbano que estejam próximos do povo e vivam com um estilo de vida marcado pela pobreza evangélica, sem luxo, porque o vosso povo sofre, e sofre muito”, acrescentou.
Este sábado foi marcado por manifestações de protesto, com momentos de violência, contra o Governo do Líbano, acusado de negligência por causa das explosões que provocaram a morte de pelo menos 150 pessoas e feriram cerca de seis mil; estima-se que 300 mil pessoas estejam desalojadas.
OC
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