D. António Marto rejeita “culto de todas as religiões” no Santuário de Fátima

O bispo nomeado para Leiria-Fátima, D. António Marto, defendeu hoje que o Santuário de Fátima não deve estar aberto ao culto de outras religiões, mas apenas ao diálogo inter-religioso. Em declarações à agência Lusa, o prelado reconheceu que “houve um equívoco” na recepção a uma comitiva hindu no altar do Recinto, em 2003, mas preferiu minimizar esta questão. “Sei que houve um equívoco, como há um equívoco na mentalidade de muitas pessoas que pensam que o diálogo inter-religioso se confunde com o culto de todas as religiões e isso não é verdade”, defendeu. “Um santuário aberto ao diálogo inter-religioso não significa que é um santuário de todas as religiões: é do culto católico”. “Uma coisa é o santuário em si, que tem uma identidade católica, outra coisa é o diálogo religioso”, afirmou D. António Marto, recentemente nomeado bispo de Leiria-Fátima e que deixará em breve as funções que tinha na Diocese de Viseu. Admitindo não se sentir ainda “o responsável da diocese”, D. António Marto diz ter já estado a rezar junto dos peregrinos. Depois de assumir as funções de bispo diocesano, “a tarefa prioritária é conhecer as pessoas, os ambientes, não apenas pelos números das estatísticas, mas de uma maneira viva no contexto vital, cultural e religioso”. “E depois, a partir daí, fazer o caminho juntos, porque eu não sou um bispo de caminhar sozinho sem ser acompanhado pelo povo”, prometeu. Redacção/LUSA

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Agência ECCLESIA

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