Famílias católicas, ortodoxas e protestantes vão receber 25 euros para produtos alimentares e de higiene
Lisboa, 26 mai 2020 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a ajudar “mais de 20 mil famílias sírias” por causa da crise provocada pela pandemia do coronavírus Covid-19, com “mais de 500 mil euros de ajuda direta”, para “despesas imediatas”.
Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS explica que o “plano de emergência” internacional vai beneficiar “20 550 famílias” que vão receber 25 euros cada, para aquisição de produtos alimentares e de higiene, “necessários para a contenção da propagação do coronavírus”.
“Embora não pareça muito, é quase metade dos rendimentos mensais de cada agregado familiar na Síria e, portanto, é vital”, salienta o presidente executivo internacional da AIS, Thomas Heine-Geldern.
A campanha de ajuda de emergência destina-se à comunidade cristã, “uma das minorias religiosas mais afetadas pela crise na Síria”, e vai apoiar famílias católicas, ortodoxas e protestantes e vai chegar a um “número muito significativo de cristãos, mais de 80 mil”.
Neste contexto, Thomas Heine-Geldern adiantou que esta iniciativa vai “ser implementada sem demora, antes que a pandemia se espalhe pelo país”, para apoiar as famílias cristãs que vivem em cidades e regiões como Alepo, Homs, Al-Hassakeh e Al-Qamishli nas suas “despesas imediatas”.
“São mais de 500 mil euros de ajuda direta às famílias cristãs para fazerem face a despesas imediatas dada a situação dramática em que se encontra o país, com a economia esfacelada pela guerra e pelas sanções impostas por diversos países”, assinala
A fundação pontifícia alerta para a “situação dramática” da Síria, “com a economia esfacelada pela guerra e pelas sanções impostas por diversos países”.
“A Síria é um país prioritário. Durante os anos de guerra, os cristãos sírios sofreram muito. Além de terem sido vítimas de perseguição por parte de grupos radicais islâmicos, muitas famílias sentem-se ainda hoje abandonadas, como se fossem cidadãos de segunda”, explica a AIS, recordando que “há uma década que enfrentam as consequências da guerra”.
O secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre indica que a organização pontifícia assegura “mais de uma centena de projetos assistenciais”, alguns foram “readaptados” por causa do coronavírus Covid-19, e destaca a campanha que assegura a distribuição de leite para centenas de crianças e bebés.
CB/OC