Covid-19: ACEGE pede aos empresários para tentar «até ao limite da razoabilidade económica» a manutenção do emprego e as empresas

Associação Cristã de Empresários e Gestores enviou uma comunicado com «critérios orientadores para as decisões» a tomar no âmbito da pandemia

Lisboa, 20 mar 2020 (Ecclesia) – A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) afirmou que a atual situação é um desafio à “superação” para garantir a manutenção do emprego e das empresas e propõe “critérios orientadores” para decisões no contexto da pandemia covid-19.

Num documento intitulado “Construir a esperança na crise”, a ACEGE refere que o contágio do novo coronavírus é uma “emergência sanitária, que vai gerar uma nova emergência económica e social de contornos ainda não imagináveis”, a exigir “o melhor” de cada empresário, das famílias das empresas e “organizações”.

“Este é o momento de tentarmos, até ao limite da razoabilidade económica, encontrar formas de cooperação e estratégias criativas para manter o emprego e as empresas”, afirma a ACEGE.

Para os empresários e gestores, “este é um momento de superação”, de aposta na “cooperação entre todos – governo, organizações e pessoas” – para “reforçar ainda mais as redes” e aplicar “os critérios do amor e da verdade”.

“A crise pede-nos rigor, competência, energia, exigência. Mas também paciência, generosidade e confiança. É isso que nos é pedido, é isso que teremos de procurar dar”, afirma a ACEGE.

Dirigindo-se aos empresários e gestores, a associação propõe “alguns critérios orientadores para as decisões”, começando por pedir a cada um que as reflita, procurando sempre o “Bem Maior”, e cumpra os planos de procedimentos para conter a propagação do vírus, “assumindo uma postura de responsabilidade social, mesmo que tal implique custos acrescidos”.

A ACEGE indica depois que as empresas e as organizações devem manter uma “comunicação aberta, franca e transparente com os colaboradores, partilhando dificuldades e desafios, respeitando os seus direitos legais e utilizando o despedimento como último recurso e, nessa inevitabilidade, assumindo critérios de responsabilidade social”.

“Não tirar partido, nem proveito, da realidade existente para o não cumprimento das obrigações perante os fornecedores de bens e serviços, nomeadamente o pagamento no prazo aos fornecedores, de modo a não provocar constrangimentos de liquidez” é outra proposta da associação.

A ACEGE sugere também que esta seja uma ocasião para “fortalecer o conhecimento da realidade social e familiar dos colaboradores, para reforçar gestos e sistemas internos de solidariedade”, onde a “protecção da Família deve também estar no centro das preocupações, porque numa crise, cada colaborador é ele próprio e a sua circunstância familiar”.

“Não deixar de acreditar, procurar a reinvenção dos seus negócios, inovar as estratégias e estar aberto a novas oportunidades e âmbitos de cooperação e entreajuda empresarial que possam criar desenvolvimento económico. A crise não durará para sempre”, é a também uma convicção transmitida pela ACEGE.

A Associação Cristã de Empresário e Gestores conclui o seu comunicado pedindo a cada um que “coloque a sua capacidade empreendedora, os seus talentos de liderança, a sua influência, os seus recursos e o seu poder ao serviço da superação desta crise”

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, provocando cerca de 9800 mortes.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje o número para 1020 casos de infeção e o país encontra-se em estado de emergência até 2 de abril.

PR

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Agência ECCLESIA

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