Coordenadora de Marketing afirma que «faz todo o sentido» pensar «uma economia mais na lógica do amor de Cristo»
Lisboa, 04 fev 2020 (Ecclesia) – Luísa Gonçalves, colaboradora na Brisa, disse que o Papa Francisco lança “uma provocação, um apelo muito concreto”, “na lógica que Cristo tem que estar presente em todas as dimensões da vida”, com o encontro ‘A Economia de Francisco’.
“Numa grande empresa, que tem grandes decisões, núcleos desenvolvidos. Faz todo o sentido este apelo do Papa a pensarmos uma economia mais na lógica do amor de Cristo”, afirmou a coordenadora de Marketing na DriveNow Portugal.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, Luísa Gonçalves desenvolve que é uma “economia justa e que se centra muito no amor”, a pensar nos meios “mais inóspitos”, onde se fala de concorrência, de competição, “onde o amor também é possível estar e o amor de Cristo também”.
O Papa Francisco convocou “jovens economistas, empresários e empresárias de todo o mundo” para um encontro sobre o tema “A economia de Francisco”, em Assis (Itália), nos dias 26, 27 e 28 de março.
Para Luísa Gonçalves, colaboradora na Brisa, tem sido “interessante” perceber na empresa as diferentes reações da sua participação no encontro que se vai realizar em Itália, em “partilhar com os colegas” o que aprende no curso que está a decorrer e o que é que é “este espaço de reflexão”.
“Muitos não percebem, não compreendem muito bem, mas essencialmente é ir-lhes falando o que é isto da ‘economia de Francisco’, o que é isto de uma economia que integra todos, que é mais justa para os outros”, acrescenta, assinalando que na prática é ser também “testemunha dessa economia” no dia-a-dia e, como se aplica no seu trabalho.
Para a coordenadora de Marketing um projeto de pensar uma economia mundial, “superestabelecida, pode parecer impossível”, mas é um desafio para todos.
Quando saímos de nós próprios e aspiramos a uma coisa maior do que nós, e que nos tira muito deste círculo autocentrado e nos passa a colocar também ao serviço dos outros, essa atitude transcendente. Acreditamos que tem uma capacidade de inflamar o mundo”.
Segundo a entrevistada, um dos “desafios grandes” da ‘economia de Francisco’ “é precisamente transcender”, um propósito que “só faz sentido se for vínculos concretos com os outros”.
Os 50 portugueses que vão a Assis estão a participar numa formação organizada pela ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores – que “tem sido fundamental” para Luísa Gonçalves porque permite viver a economia e os dias do encontro de uma “forma totalmente diferente” pela oportunidade de refletirem e parar “para pensar o que é isto da ‘economia de Francisco’”.
“Vai ser muito construída por nós, a maior dos que são envolvidos se calhar não tem uma ideia clara do que é ‘a economia de Francisco’ mas vai permitindo fazer um caminho, construindo o que é que é esta ideia desta economia”, assinalou.
Luísa Gonçalves refere que uma frase que falam muito nas sessões de preparação “é que a intenção modela a ação”, isto é, que tudo que faz, “desde as mais pequenas coisas está lá a intenção impregnada”, e é necessário “ter isso sempre em mente”.
A cada terça-feira, até à data do encontro de Assis, o programa Ecclesia na RTP 2 traz testemunhos de jovens que irão participar no evento.
PR/CB