D. Manuel Linda presidiu a uma Missa lembrando a marca da «hospitalidade» da Irmandade
Porto, 12 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou hoje que o restauro da Torre e da Igreja do Clérigos, inaugurado há cinco anos, é um bom exemplo de “boa colaboração entre Igreja e sociedade”, continuando a marca inicial da hospitalidade.
Na homilia da Missa que assinalou o quinto aniversário da reabertura dos vários espaços dos Clérigos e os 240 anos da inauguração e bênção, em 1779, D. Manuel Linda lembrou que a “assistência hospitalar” foi a razão de ser da sua criação e valorizou a ajuda que hoje a Irmandade dos Clérigos continua a dar a causas sociais.
Neste dia, a Irmandade dos Clérigos entregou duas carrinhas a uma “instituição hospitalar pública”, referiu D. Manuel Linda, acrescentando que a ajuda a projetos de “formação contínua” de muitas pessoas faz parte também dos programas de apoio da organização.
“É bom que pelo menos os mais íntimos saibam que esta estrutura está a ajudar muitas instituições: lares, formação contínua e organismo do Estado”, afirmou o bispo do Porto.
Durante a Missa, que decorreu na Igreja dos Clérigos, D. Manuel Linda defendeu a “boa colaboração” entre a Igreja e a sociedade, porque “todos beneficiam”.
“Queremos uma colaboração boa, justa, pacífica e expressão de um desenvolvimento integral”, defendeu o bispo do Porto.
D. Manuel Linda referiu-se às “poucas pessoas que não querem nada entre a Igreja e a sociedade”, afirmando que “a sua pequenez apouca o desenvolvimento da sociedade”.
Aa celebração dos cinco anos da reabertura da Torre e da Igreja dos Clérigos foi presidida pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda, e concelebrada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral da Irmandade dos Clérigos, D. António Taipa, e o juiz-presidente da Direção, D. Américo Aguiar, entre outros bispos e clero diocesano.
Na homilia da Missa, D. Manuel Linda felicitou D. Américo Aguiar pelo “impulso” dado à Irmandade dos Clérigos que permitiu o restauro e a promoção de iniciativas culturais de abertura à cidade e aos turistas, que “devem muito a ele”.
Para o presidente da Irmandade dos Clérigos, “tudo aconteceu no tempo certo”, fazendo com que os clérigos acolhessem, nos últimos anos, milhões de turistas, por causa da valorização do património na Igreja Católica e pelo aumento do turismo, nomeadamente a cidade no Porto.
“Estamos felizes e o futuro está aí pela frente para acolhermos, de braços abertos, neste monumento icónico da cidade”, afirmou D. Américo Aguiar em declarações à Agência ECCLESIA.
O presidente da Irmandade lembrou os muitos turistas que visitam a Torre e a Igreja dos Clérigos e também os projetos apoiados, que são “milhões de bem-fazer” e permitem que muitas pessoas se sintam “aliviadas nas suas cruzes e nas suas dores” através da partilha das “mais-valias da operação turística dos clérigos”.
O atual bispo auxiliar de Lisboa referiu-se ainda ao futuro, afirmando que estão marcadas eleições para o início do ano para dar continuidade a um projeto, que tem 300 anos, quando os clérigos do Porto decidiram construir a sua sede.
“Será aberto um normal processo de eleições e gostamos de constatar que os clérigos, os padres, sócios, estão animados e interessados na vida da Irmandade e, por isso, só podemos esperar que qualquer membro do presbitério do Porto, que seja irmão, tem todas as qualidades necessárias para dar continuidade a este projeto”, referiu D. Américco Aguiar.
Os cinco anos da reabertura dos clérigos e os 240 anos da inauguração e bênção foram assinalados com uma Missa e a apresentação do catálogo «Clerigus», um livro que apresenta “todas as peças pertencentes à Irmandade dos Clérigos, com textos de autores de renome”, e um concerto do saxofonista Henk van Twillert.
PR