Igreja/Sociedade: «Fátima é também a mais mística das aparições modernas» – Padre José Nuno Silva

Santuário anuncia novo ciclo «Encontros na Basílica», com mais cinco sessões, entre janeiro e novembro de 2020

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 11 nov 2019 (Ecclesia) – O diretor do Departamento de Pastoral da Mensagem de Fátima afirmou que “Fátima é a mais mística das aparições modernas” na conferência sobre o santuário mariano como ‘lugar de fragilidade – doença e pecado’.

“Já foi definida como a mais profética das aparições e até a mais política. Defini-a eu e tentei justificá-la como a mais ética das aparições. Já aí partilhei uma convicção que, progressivamente, se me foi impondo ao longo destes três anos que levo aqui: Fátima é também a mais mística das aparições modernas”, disse o padre José Nuno Silva.

‘Fátima como lugar da Fragilidade – doença e pecado’ foi o tema da conferência deste domingo, na última sessão do ciclo ‘Encontros da Basílica’ do atual ano pastoral, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, pelo santuário mariano, o sacerdote explicou que a narrativa do caminho místico, através do mistério da fragilidade humana iniciado na Cova da Iria, “é oferecida por Deus à história como paradigma”, isto é, como modelo, “padrão que permite a interpretação, a tal procura silenciosa, do mistério da fragilidade humana”.

Dizer que Fátima é uma narrativa mistagógica significa dizer que o modo como a história de Fátima oferece sentido à história humana é propor-se como um caminho místico diante do mistério da fragilidade humana: Fátima é a história de um caminho através do mistério da fragilidade humana, um caminho místico iniciado naquele primeiro convite do anjo na loca: rezai comigo”.

“Fátima é dada por Deus neste tempo da história para o resto do tempo da história. Não é apenas contexto histórico dos acontecimentos de Fátima, mas matéria da narrativa mistagógica paradigmática que Deus oferece à humanidade”, através da experiência de três crianças, assinalou o diretor do Departamento de Pastoral da Mensagem de Fátima.

A conferência teve como ponto de partida a interrogação que “queima o íntimo da condição humana”, “a misteriosa articulação que o espírito humano estabelece entre a doença e o pecado, mais radicalmente o sofrimento e o mal, mais radicalmente ainda a culpa e a morte”, explicou o sacerdote adiantando que surgiu de “uma meditação” com raízes no período “mais qualificante” da sua vida como capelão hospitalar, na Diocese do Porto, entre 1998 e 2016.

‘Tempo de graça e misericórdia’ é o tema genérico dos ‘Encontros na Basílica’, uma proposta de reflexão sobre Fátima, com uma conferência e um momento musical, que o santuário está a dinamizar durante o triénio 2017-2020.

Neste contexto, o santuário mariano divulga que no próximo ano pastoral vai dinamizar mais cinco encontros: ‘Fátima: espiritualidade teologal’, pela Irmã Sandra Bartolomeu, religiosa das Servas de Nossa Senhora de Fátima, a 12 de janeiro; ‘Jacinta Marto, uma entrega até ao fim’, pela irmã Ana Luísa Castro, religiosa da Aliança de Santa Maria, a 8 de março; ‘Lúcia, uma vida plena de Luz’ pela irmã Ângela Coelho, religiosa da Aliança de Santa Maria, a 7 de junho; ‘Fátima: Histórias de santidade’, por Marco Daniel Duarte, diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, a 6 de setembro e ‘Fátima, escola de santidade’, por Joaquim Teixeira, a 8 de novembro.

Todas as sessões são de entrada livre e começam às 15h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

CB

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