Lisboa: Bispo das Forças Armadas e de Segurança celebrou Missa de homenagem aos antigos combatentes

«Enquanto existam mulheres e homens dispostos a verter o próprio sangue pelos outros, existe vida», realçou D. Rui Valério

Foto: Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Lisboa, Ordinariato Castrense

Lisboa, 11 jun 2019 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança celebrou esta segunda-feira uma Missa na igreja de Santa Maria de Belém, nos Jerónimos, em Lisboa, em honra de todos os combatentes que deram a vida ao serviço de Portugal.

Na homilia da Eucaristia, publicada online, D. Rui Valério destacou o legado daqueles que, “a exemplo do discípulo amado junto à Cruz de Jesus, nunca abandonam, nunca deixam para trás aqueles que são crucificados por diversas circunstâncias”.

“O gesto da solidariedade extrema que chega ao limite de arriscar a própria vida, tem continuado, no fluir dos tempos, nos gloriosos atos dos que não hesitam em responder ao chamamento para os combates”, salientou o responsável pelo Ordinariato Castrense, que depois concretizou a sua homenagem junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança frisou que “ser combatente é estar junto à Cruz de todos os cristos que as injustiças do mundo têm produzido; é estar junto à Cruz dos oprimidos, dos que foram e são violentados”.

Para D. Rui Valério, invocar estes combatentes “não é apenas obra da memória mas também, e sobretudo, uma sabedoria de humanismo e contemplação, porque quem combate possui a capacidade de ser ele próprio fonte de esperança”.

“Quando todas as possibilidades definham e a alma entra num crepúsculo sem metas, a simples promessa da proximidade de um combatente é razão suficiente para manter acesa a chama da vida a pulsar dentro de qualquer ser humano…enquanto existam mulheres e homens dispostos a verter o próprio sangue pelos outros, existe vida”, completou o responsável católico.

Recorde-se que no período da guerra do Ultramar, que Portugal travou nas antigas colónias de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974, perderam a vida perto de 9 mil soldados nacionais.

JCP

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