Finanças: Banco do Vaticano com quebra nos lucros

Responsável pela comissão cardinalícia sublinha «investimentos consistentes com a ética católica»

Foto: Sede do IOR

Cidade do Vaticano, 11 jun 2019 (Ecclesia) – O Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido popularmente como ‘Banco do Vaticano’ apresentou hoje as contas de 2018, indicando um resultado positivo de 17,5 milhões de euros, menos 14 milhões do que em 2017.

A quebra nos lucros é justificada com a “forte turbulência dos mercados durante o ano” e a persistência de “taxas de juro muito baixas”.

Do balanço publicado online, sobressai também a aposta feita na “otimização dos custos”, que permitiu fechar as contas com gastos na ordem dos 16 milhões de euros, em comparação com os 18,7 milhões em 2017.

O documento, sujeito a auditoria por parte da empresa Deloitte & Touche S.p.A, realça a situação de “elevada solvência e o perfil de baixo risco” do IOR.

O chamado Banco do Vaticano prestou serviços a cerca de 15 mil clientes com 5 mil milhões de euros em recursos financeiros, a maior parte “relativos a gestão de fundos em custódia”.

O presidente da comissão cardinalícia do IOR, cardeal Santos Santos Abril y Castelló, sublinha a “vontade resoluta de criar uma situação totalmente alinhada com a prática de uma orientação ética inalienável, como solicitado pelo Santo Padre”.

Em 2018, o Instituto “refinou ainda mais a integração de critérios de seleção negativos e positivos para as atividades financeiras, a fim de tornar os investimentos consistentes com a ética católica, selecionando apenas as empresas que realizam atividades em conformidade com a Doutrina Social da Igreja Católica”.

O IOR indica ainda que, no último ano, contribuiu para a realização de “inúmeras atividades de natureza benéfica e social”.

Fundado em 1942 por decreto do Papa Pio XII, o IOR tem como principal missão “servir a Santa Sé e a Igreja Católica em todo o mundo”, nos seus mais diversos projetos humanitários.

Em junho de 2013, o Papa Francisco criou uma comissão de inquérito para assegurar a reforma do ‘Banco do Vaticano’.

OC

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