Catarina Canelas, autora do trabalho emitido na TVI, disse que é «uma honra e um orgulho» receber o galardão e afirmou a necessidade de «dar visibilidade» a causas que identificam os sentimentos do povo português
Lisboa, 24 mai 2019 – A vencedora do Prémio de Jornalismo Dom Manuel Falcão disse à Agência ECCLESIA que é “uma honra e um orgulho” receber o galardão que distingue a reportagem “É como se a Mãe descesse à Terra”, emitida na TVI.
“É uma honra e um orgulho imenso que eu sinto por esta distinção tão nobre”, afirmou Catarina Canelas, acrescentando que o trabalho de que é autora “foi muito especial”.
“A Mãe soberana é uma história muito envolve, nas emoções, nos afetos, vai ao mais intimo de cada um”, referiu a jornalista.
O Prémio de Jornalismo Dom Manuel Falcão é uma iniciativa da Igreja Católica em Portugal, através do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais em parceria com o Grupo Renascença Multimédia, e distingue, em cada ano, um trabalho jornalístico de temática religiosa.
Para Catarina Canelas, a temática religiosa “está muito viva” em Portugal, mesmo que “não se fale tanto da Igreja”, e “não há que ter pudor no jornalismo de causas”.
“Este tipo de trabalhos vem provar que há jornalismo de causas e não há que ter pudor no jornalismo de causas. E esta é uma causa tão nobre ou mais nobre que todas as outras, porque estamos a falar de um sentimento de cada pessoa, neste caso a fé e a religião”, sublinhou.
A jornalista da TVI considera que a existências de prémios como o que é atribuído pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais é “muito importante” porque são uma possibilidade de “dar visibilidade” a trabalhos como o que realizou na Mãe Soberana, na Diocese do Algarve.
“Os órgãos de comunicação social portugueses têm de dar visibilidade a esta temática como dão a outras temáticas e a outras causas”, acrescentou.
Catarina Canelas referiu ainda que foi “muito desafiante” realizar a reportagem, que fez com que acompanhasse as tradições religiosas de Nossa Senhora da Piedade, a “Mãe Soberana”, em Loulé, durante três semanas, porque “não é fácil traduzir a fé de uma cidade, de uma região, de cada pessoa”.
“Fiquei extremamente comovida, sobretudo por ver uma comunidade tão jovem ligada à Igreja. Não estava a contar com essa envolvência tão grande das camadas mais jovens”, afirmou.
Catarina Canelas disse que o trabalho teve muito impacto “a nível nacional” porque traduz “a fé de um povo” e fez com que “as pessoas ficassem comovidas e se sentissem inspiradas”.
“O carinho de devoção que existe por Nossa Senhora da Piedade é transversal a toda a cidade, porque envolve a Igreja, a Câmara, a banda, os homens do andor, o clube de futebol, mas é transversal ao Algarve e a todo o Portugal, porque interfere com as nossas raízes, a nossa cultura, a fé de cada um de nós, tenha ela a dimensão que tiver”, afirmou.
A jornalista da TVI considera que a reportagem que realizou no Algarve foi uma prova de que “as demonstrações de fé não são raras”.
“O sentimento a fé que estas pessoas têm em Deus, neste caso em Nossa Senhora, é algo que está ali muito explícito, muito vincado, muito firme e isso prova que não é só em Loulé, mas por este país fora e daí esta reação muito apoteótica em relação à reportagem”, sublinhou.
A edição 2018 do Prémio de Jornalismo Dom Manuel Falcão, relativa a trabalhos jornalísticos emitidos ou publicados durante esse ano, distingue a reportagem “É como se a Mãe descesse à Terra” da jornalista Catarina Canelas, com imagem João Franco, Tiago Donato e Rodrigo Cortegiano e edição de imagem de João Pedro Ferreira.
A entrega do Prémio de Jornalismo Dom Manuel Falcão vai decorrer na sessão de apresentação da Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, no dia 30 de maio, no auditório do Grupo Renascença Multimédia, em Lisboa.
PR